quarta-feira, 29 de julho de 2015

Final de férias em Itatim

Depois de caminhar até cansar na Chapada Diamantina, resolvemos tirar os útlimos dias de férias para escalar uma via de parede em algum lugar diferente. Como indicações de várias pessoas, decidimos ir para Itatim, que ficava 250km a leste da Chapada e, assim, teríamos praticamente a mesma quilometragem na volta para Alfenas.


Partimos então na segunda-feira em direção à Itatim. Foram 250km de estrada bem ruim e muito movimentada pela BR-242. Pegamos então a BR-116 e, como a região é muito plana, de longe avistamos os monolitos de granito se destacando na paisagem.

Chegamos em Itatim, paramos para tomar um açaí e fomos direto para a pousada. Com a viagem cansativa, a Flávia resolveu ficar na pousada e eu quis ir até a base da pedra para fazer o reconhecimento da área. 5 minutos para sair da cidade e mais 5 minutos de estrada de terra e já chegamos no Morro da Toca, montanha principal e mais famosa da cidade com seus buracos gigantes. A vista da montanha impressiona muito! O tamanho e formato dos buracos, posicionados um em cima do outro dão ao cenário um ar de filme de ficção.



Cheguei, parei o carro perto da casa do dono da propriedade, conversei com ele e expliquei que no dia seguinte chegaríamos cedo para escalar ali. Ele foi super atencioso e mostrou todo o seu apoio e apreço pela prática da escalada nas suas terras.

Á noite passeamos pela cidade até encontrar uma pizzaria aberta (em plena segunda-feira) e voltamos para a pousada. Dia seguinte a ideia era acordar bem cedo para fugir do sol castigante da caatinga baiana.

Acordamos na terça por volta das 5 da manhã, passamos numa padaria para tomar um café e comprar um lanche e tocamos para o Morro da Toca. Antes das 6:30 já estávamos estacionando o carro.


Mais uns 10 minutos de caminhada para chegar e achar a base da pedra e, antes das 7, já estávamos inciando a primeira enfiada. A via que escolhemos se chama Via Expressa. Um 3o grau com crux de 4o, famoso por ser a via mais fácil e acessível da montanha e pela quantidade interminável de agarras gigantes.

Eu e a Flavinha fomos revezando a ponta da corda e, para nossa surpresa, o tempo colaborou muito. Um nublado alternando com poucos momentos de sol, sempre rodeado por uma chuva que caía ao longe na região. Quem disse que na caatinga não chove!? Com pouco mais de 2 horas e meia (200 metros de escalada em 7 enfiadas curtas) estávamos no cume.

flavinha guiando a segunda enfiada

p4

flavinha subindo a 4a enfiada de segundo

flavinha guiando a 6a enfiada
Cume do Morro da Toca e a chuva ao fundo...
Descemos então andando pela face norte, em meio à espinhos e outros arbustos que espetam ou coçam muito, e antes das 13:00 já estávamos de volta no carro.

visual da face leste após a descida

Bela aventura que fechou com brilhantismo as férias de 2015. Ano que vem tem mais!!!

Ainda deu tempo de fazer um videozinho da peleja.


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