quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Frangando na Lapinha

Esse fim de semana não fomos escalar no sábado porque participamos da oficina sobre Segurança no Rapel, realizada pelo GPAM/FEMEMG (www.gpam-mg.blogspot.com). Com isso, decidimos ir escalar na Lapinha no domingo. Após a reabertura da Lapinha, eu tinha ido somente uma vez escalar lá, exatamente no dia da abertura. Quase 4 meses depois, eu já estava na pilha pra ir lá de novo. O Jorge ainda botou pilha pra gente entrar em algumas vias de 7o grau lá, e eu ainda queria experimentar algumas outras clássicas do lugar.

Domingo antes das 7:00, a Pat e o Jorge passaram lá em casa pra me pegar, e ainda passamos na casa da Flavinha na Pampulha e seguimos pra Lapinha. Paramos para um café da manhã na padaria na entrada para a Lapinha, e antes das 8:30 estávamos na portaria da gruta.

Preenchido o termo, ouvido o Sermão da Montanha, pegamos a trilha e fomos direto para a Savassinha. Fizemos lá duas vias mais fáceis (5sup e 6o) e depois fomos para o objetivo do dia. Na trilha entre a Karrenglass e a Sala de Aula, há um setor com duas vias esportivas muito interessantes, em um negativinho cheio de agarras. O Jorge e a Pat deixaram comigo o privilégio de entrar a vista, e na primeira entrada encadenei a PVC (Perigo vem do céu), via com um tetinho com bastante agarras e movimentos muito legais. O Jorge entrou logo em seguida e também encadenou. A Flavinha e a Pat ainda tiveram um pouco de dificuldade com a saída do tetinho.

Jorge fechando a cadena
Pat entrando no crux (a linha da Arranca Couro é
exatamente à esquerda da PVC)
Depois foi a vez de entrar à vista na Arranca Couro. Conseguimos ler bem os movimentos do chão, e o Jorge entrou primeiro e tomou um leve espanco do primeiro lance. Eu aproveitei a minha altura, passei o primeiro lance e toquei pra cima na via. Á vistão, me encaixei muito bem na via e consegui achar as agarras certas. Encadenei à vista! Me pareceu mais difícil que um 7a, apesar de no croqui constar essa graduação, mas mesmo assim foi sensacional ter encadenado à vista. O Jorge entrou depois e com uns betas de um outro escalador que entrou na via, consegui fazer ela toda com algumas paradas.

Eu passando a terceira costura na Arranca Couro
Objetivo do dia cumprido, antes das 15:00 já estávamos arrumando tudo pra ir embora, já que o horário de saída precisa ser rigorosamente cumprido. Ainda comemos um pastel das tias na portaria da gruta e voltamos pra BH com os braços cansados.

Parabéns à AME pelo trabalho realizado para a abertura da Lapinha! E acima de tudo, parabéns a todos os escaladores que estão frequentando o lugar! A educação e o respeito às regras é o maior sinal de que estamos amadurecendo, e se seguirmos nessa linha conseguiremos reabrir muitos outros locais aqui em MG!

Frangos presentes:
- Rafael
- Flavinha
- Pat
- Jorge

Vias escaladas:
- Anjos de Pedra - 5sup
- Um corpo que cai - 6
- PVC - 7a
- Arranca couro - 7b

domingo, 4 de setembro de 2011

Frangos na Pedra Filha

Como eu estou em processo de recuperação de uma lesão no músculo lumbrical na mão esquerda, escolhemos ir conhecer a Pedra Filha em Caeté e pegar mais leve em vias novas à vista.

A Pedra Filha fica bem próximo à Pedra Branca, e sua formação rochosa é bem parecida com esta. De um lado temos um granito bem croquento, bem vertical e com muitas agarras. No outro lado, um granito preto, bem aderente e com menos agarras, com vias um pouco mais positivas. O pessoal de Caeté fez um excelente trabalho catalogando e divulgando os picos de escalada da região no site: www.escaladacaete.hd1.com.br

Pedra Filha vista da estrada
Pedra Branca vista da Pedra Filha
Como nunca tinhamos ido lá, pegamos as dicas e fomos direto nas duas vias mais clássicas do lugar. Primeiro a Flavinha entrou guiando a Mancha Preta, um 5sup quase 6o grau, bem longo, com muitas agarras e um crux delicado. Depois eu entrei na Mancha Amarela, um 7a bem legal, com um início bem fácil e um crux forte em um negativinho bem aéreo no final da via, com agarras pequenas e difíceis de encontrar.

Continuando, entramos na Maridos Alforriados (primeira via conquistada nessa pedra), um 5o grau fácil intercalando muitas agarras e aderência.

Passando a corda na base da Maridos Alforriados
Flavinha guiando a Maridos Alforriados

Finalizando, decidimos ir para o Setor de Baixo, e fazer uma via de duas cordadas que dá acesso ao cume. A via se chama Extremo Norte. A via tem um crux um pouco forte pra graduação geral dela (5sup), e em muitas partes tem pouquíssimas agarras e textura bem aderente. Seguimos o croqui mas no final da via ficamos um pouco perdidos, e acabamos seguindo uma linha de grampos que parecia ir para um lado diferente do croqui, em um platô bem sujo e com uns blocos gigantescos meio soltos. Perrenguezinho no final, mas que valeu o visual lá de cima: sol quase se pondo com a Pedra Branca ao fundo.

Pedra Filha no primeiro plano, e Pedra Branca no segundo plano 
Cume da Pedra Filha
Mais um belo pico de escalada conhecido, e com certeza vamos voltar pra conhecer as outras vias!!!

Vias escaladas:
Mancha Preta - 5sup
Mancha Amarela - 7a
Maridos Alforriados - 5
Extremo Norte - 5sup

Frangos presentes:
Rafael
Flavinha