quarta-feira, 31 de julho de 2013

Frangos na Nova Zelândia - Rotorua (Egg smelling city)

Depois de duas semanas de imersão na cultura neozelandesa, estava na hora de juntar as mochilas e voltar pra peleja. A idéia nas próximas duas semanas seria ir descendo de ônibus até New Plymouth (que fica na costa oeste da ilha), e passar pelo Tongariro National Park no caminho até lá.

No caminho de Tauranga até a cidade de National Park (ponto de entrada para o Tongariro National Park) fica a cidade de Rotorua, conhecida como um dos principais centros turísticos da Nova Zelândia. A cidade é dominada por agências de turismo, todas com um milhão de programas diferentes. Além disso, é conhecida como "Egg smelling city" por causa do cheiro cabuloso de ovo podre que domina a cidade o tempo todo. O cheiro é proveniente das estâncias termais que circundam a cidade, e que são a principal atração turística de lá.

Chegamos de ônibus no sábado de manhã e é só descer do ônibus pra sentir o cheirinho característico de enxofre (vulgo ovo podre). Fomos direto para um hostel, arrumamos as coisas e partimos para o primeiro passeio.

Pertinho de Rotorua fica Hobbiton. A cidade cenográfica onde foram filmadas as cenas do Condado ("Shire") do Senhor dos Anéis. O passeio é meio caro, mas não podíamos perder a oportunidade de conhecer a famosa casa do Bilbo Baggins (hehe). Um ônibus nos pegou no hostel depois do almoço e partimos pra lá.

Hobbiton é genial! Um lugar lindo, rodeado de portinhas de casinhas de Hobits por todo lado. Fomos com um grupo guiado, e o guia ia explicando o tempo todo qual cena tinha sido gravada em cada local, e quanto detalhe os produtores colocaram em tudo. Super divertido!






casa do Bilbo Baggins

No final do tour, podemos tomar uma cerveja no Dragon Inn, um bar/restaurante todo caracterizado de casa de Hobbit e que também aparece nos filmes.




Passeio bem caro, mas valeu muito a pena conhecer aquilo tudo de perto e ficar imaginando as cenas do filme. Pra fechar o dia, tradicional pizza Meat Lovers da Domino's com Pepsi, sentado na praça.. hehe..

Ficaríamos somente 2 dias em Rotorua, então no domingo decidimos fazer um passeio característico de lá, ou seja, ir em um dos parques termais. Existem muitos tipos de passeios, dos muito caros aos razoáveis, alguns incluindo cerimônias turísticas da cultura Maori "pra gringo ver". Decidimos que a papagaiada não valeria o preço, então resolvemos ir em um parque médio e passar o dia lá. Fomos então no Wai-o-tapu Geothermal Wonderland (uhu!).

O passeio é todo guiado e começa nas piscinas de lama, bem cedo.



Depois partimos para uma sensacional exibição artificial de um Geiser (??). Quanta decepção aqui!!! O Lady Knox Geiser é considerado um dos maiores da região, mas ele é ativado artificialmente por um funcionário do parque, e ficam todos sentados em uma arquibancada assistindo. Aff! Santo turismo!


E por último um passeio nas áreas geotérmicas. Umas trilhas determinadas com várias atrações anotadas em um mapinha. 100% turístico! Qualquer pocinha com formato de qualquer coisa virava uma mega atração.





O passeio no parque foi legal mas ficamos decepcionados pelo preço e pela forçação de barra para tornar o lugar mais interessante. Mas fazer o que, né?! Estávamos na "capital turística" da Nova Zelândia... não podíamos esperar menos...

Tudo bem, já que agora começaria a parte mais divertida da viagem... vulcôes, muita caminhada na neve e travessias! A viagem tá na reta final!!!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Frangos na Nova Zelândia - WWOOFing

Fim da estadia na Austrália, após 40 dias, enfim estava na hora de ir conhecer a Nova Zelândia! País das montanhas e dos parques nacionais, onde 21% do seu território é protegido, é um exemplo de modelo de conservação de uso público dos parques para todo o mundo.

O excelente site do Departamento de Conservação (Department of Conservation - http://www.doc.govt.nz/) tem informações sobre praticamente todas as trilhas de todos os parques nacionais e instruções gerais de como chegar, o que levar, etc. Enfim, o cidadão não tem a menor desculpa para não ir visitar, e é muito incentivado a isso.

estátua do Senhor dos Anéis no aeroporto de Auckland

centro de Auckland ao entardecer

A nossa primeira programação era passar a maior parte do tempo na Ilha Sul, onde existem as caminhadas e os conjuntos de montanhas mais famosos, mas nesta época de inverno muitas das caminhadas estão fechadas pelo excesso de neve, e corríamos o risco de não conseguir conhecer alguns lugares por isso. Além disso, gastamos mais dinheiro que o previsto na Austrália, e precisávamos pensar em programas alternativos para dar uma economizada (hehe). Decidimos então explorar bem a Ilha Norte e conhecer melhor a cultura do povo.

Bom, eu já tinha visto na internet sobre o WWOOF (Willing Workers on Organic Farms - http://www.wwoof.co.nz/) e como esse programa é muito utilizado pelos viajantes estrangeiros na Nova Zelândia. Basicamente esse movimento começou nas fazendas orgânicas, onde os viajantes podem trabalhar durante meio período em troca de um lugar pra ficar e comida. De quebra, a experiência de conviver com uma família local e entender mais a fundo a cultura do país enriquece mais a experiência. Com o tempo, não só as fazendas orgânicas aderiram ao movimento, e hoje em dia várias famílias oferecem estadia e comida em troca de ajuda em alguns serviços na casa (limpeza, jardinagem, ajuda na construção, etc). Vimos então que seria uma ótima saída para a nossa situação: gastaríamos pouco dinheiro e teríamos uma vivência muito legal da cultura neozelandesa.

Fizemos WWOOF durante duas semanas em duas famílias e locais diferentes. A primeira família que nos recebeu foi o casal Gerry e Sarah. Eles moram em Auckland e têm dois filhos pequenos, Tommy (1 ano e meio) e Jimmy (3 anos). O Gerry é músico e a Sarah professora de tênis, e eles precisavam de ajuda em alguns serviços na área da casa (jardinagem, etc) e para construir um deck de madeira em uma casinha que fica nos fundos da propriedade deles, que é alugada de vez em quando. Eu fiquei então ajudando a cavar os buracos para a fundação do deck e a Flavinha ajudou na jardinagem e serviços gerais. Em troca, ficamos dormindo nessa casinha dos fundos e experimentamos a dieta vegetariana deles. Foi uma semana super divertida! Trabalhamos bastante, brincamos muito com os meninos, e eles ainda nos levaram para conhecer alguns lugares lindos próximos à casa deles em Auckland.

jimmy...

... e tommy

quintal da casa... foi daí que eu assisti os jogos do Galo
na libertadores de 2013... hehe

todo mundo ajudando no jantar



no Father's Ted - Irish Pub onde o gerry toca toda semana

Gerry (á direita) em um dos seus show semanais no Father´s Ted

Piha, praia de areia preta

cachoeira em Piha - Gerry e Sarah nos levaram para
passear uma tarde no lugar... lindo visual

flavinha pageando os meninos


Eles gostaram muito de nós dois, e nos convidaram para passar a nossa última noite de Nova Zelândia na casa deles. Então, depois de duas semanas viajando pudemos desfrutar de um delicioso jantar bem caseiro na companhia muito agradável deles novamente.

sarah e gerry no jantar do nosso último dia de Nova Zelândia




No final de semana, decidimos ir para Auckland para fazer um passeio e conhecer algum lugar diferente. Ficamos num hostel no centro da cidade e fomos conhecer o vulcão Rangitoto que fica há uns 15 minutos de barco da cidade. O cenário é impressionante com rochas vulcânicas para todo lado. Muito diferente de qualquer coisa que já vimos no Brasil.

visual do centro de Auckland, do barco

subidinha leve para o cume do vulcão


mar de lava endurecida

Como o sucesso absoluto da primeira semana, decidimos passar mais uma semana fazendo WWOOFing e fomos parar em Tauranga, às beiras da Bay of Plenty, na casa de um casal de neozelandeses que precisava de ajuda para dar um trato na casa deles que queriam colocar para vender. Lavamos as paredes, tiramos musgo do telhado e da quadra de tênis e varremos muitas folhas espalhadas. Tivemos uma semana de rei na casa da Lin e do Jeremy! Ela nos tratou como filhos, sempre muito preocupada com a nossa alimentação e nosso bem estar, nos hospedou no quarto da filha dela com todo conforto do mundo. Eles moram numa fazenda bem próximo à cidade, e têm uma criação de cavalos. Os 3 filhos saíram de casa, e hoje eles moram sozinhos em uma casa de 5 quartos. Todas as noites jantávamos e ficávamos conversando tomando uma garrafa do melhor vinho neozelandês. Além disso, todos os dias à tarde a Lin nos levava em algum lugar diferente da cidade. Para complementar a semana, a Lin hospeda cachorros para que os donos possam viajar (tipo um hotel para cachorros). Enquanto estávamos lá, havia uma golden (Charlie), uma labrador (Moca), um labradoodle (Lessam), além da pastor alemão da casa (Tess). A Flavinha se esbanjou com a cachorrada a semana inteira e conseguiu matar bem a saudade de cachorros.

Lin e a cachorrada na hora de comer

passeamos com os cachorros todas as tardes


pensa num pinto no lixo...

jeremy, lin e flavinha no jantar

a golden, Charlie, querendo roubar o meu jantar

Monte Maunganui, cartão postal da cidade de Tauranga

preparando para subir o Maunganui

visual do cume... linda praia...



Te Puna Quarry Park - uma pedreira abandonada que foi transformada em
parque pela própria população que começou a plantar e a cidade do lugar

todos podem construir e decorar como quiserem o parque...
alguns até com esculturas



Final das duas semanas, estava na hora de colocar o pé na estrada e continuar a viagem. Ainda teríamos duas semanas pela frente e agora era hora de voltar à vida de mochileiro para ir conhecer outros parques, outras caminhadas, outras montanhas...

O WWOOFing foi a experiência mais marcante que tivemos nesses 70 dias de viagem. O contato diário com uma família, comendo e conversando todos os dias na mesma mesa faz você conhecer bem o jeito de ser das pessoas. Vamos voltar com uma visão muito mais profunda dos hábitos e aspirações das famílias neozelandesas.

sábado, 13 de julho de 2013

Último dia de Austrália

Voltando da Tasmania, decidimos tirar as duas últimas noites de Austrália para passear e conhecer melhor Sydney. Reservamos um hostel na área central da cidade, e tiramos um dia inteiro para perambular no centro.

Saímos cedo rumo às lojas de equipamento. Tinha ouvido falar que na Nova Zelândia os preços de equipamentos seriam mais altos, então resolvemos comprar o restante que precisávamos em Sydney, principalmente roupas de frio. No caminho do hostel para o centro, passamos em frente a um estádio de corridas para cachorros. Paramos e perguntamos e nos disseram que haveria corrida naquela noite. Então tentamos planejar nossa noite para conseguirmos ainda ir assistir.

Compras feitas no centro, decidimos sair perambulando pelas ruas até chegar na baía de Harbour, onde íamos tentar almoçar. Ficamos horas caminhando, passamos pela China Town, Mercado Central de Artesanatos (onde compramos os últimos presentes) e muitas praças, todas lotadas de crianças brincando por causa do tempo quente.

Um pessoal do hostel havia nos dito que haveria um show de fogos na baía de Harbour mais a noite. Programa resolvido: pizza meat lovers com pepsi (nosso jantar preferido na Austrália), show de fogos na Harbour Bay e mais tarde corrida de cachorros!

Foi tudo uma delícia! No final conseguimos fazer tudo e foi uma das noites mais gostosas de toda a viagem!!! O show de fogos foi maravilhoso e a corrida de cachorros muito divertida! Parecia um monte de Mimosas gigantes e bombadas correndo loucamente!!!

praça no caminho para a baía

visual da Harbour Bay

muita gente aguardando o show de fogos





corrida de cachorros!




Fechamos a viagem da melhor maneira possível com a noite mais agradável que tivemos em toda a viagem... Segura que ainda faltam mais 30 dias de Nova Zelândia!