segunda-feira, 27 de junho de 2011

Travessia da Serra Fina!

O relato a seguir foi escrito pelo Willian, o mais novo dos irmãos ródinha. Meus comentários estão em azul, assim como a parte do Plano B. Depois vcs vão entender... Hehehe...

A ORIGEM
Desde a travessia de Lapinha-Tabuleiro-Lapinha, o Rafa já tinha colocado como próximo objetivo a Serra Fina. Amadurecemos a idéia durante o passeio no Parque Nacional do Itatiaia e acertamos a data. Durante os meses subseqüentes, combinamos toda a logística e confirmamos os frangos integrantes. Paty, Jorge, Rafa, Cristiano e Willian. A Flavinha não pode ir devido a um problema de saúde.
Dia 22/06/11 sai as 17:00 de Araraquara de ônibus em direção a cidade de SP para encontrar meu irmão. Prosseguimos para Passa Quatro – MG e lá passamos a noite na Pousada do Verde. Na manhã seguinte os frangos de BH foram ao nosso encontro na pousada. Eles chegaram por volta das 08:00, ai aproveitamos para tomar um café da manhã juntos.
OBS: Já fazia 3 anos que eu ouvia o Rafa falando e falando sobre a Serra Fina e por fim fomos convencidos por ele a ir nessa empreitada... Saí cedo do trabalho na quarta-feira, encontrei o Jorge no trabalho dele e fomos pegar o Rafa na casa dele... Conseguimos fugir do trânsito da saída de BH, paramos no pastel para comer e seguimos viagem... Dessa vez, como nós 3 conseguimos sair cedo do trampo, a viagem foi bem menos cansativa e 22h00 paramos em Pouso Alto para dormir... No dia seguinte acordamos cedo e fomos até a Pousada Verde, onde tudo começou...


A TRAVESSIA
1º DIA 23/06/11 – DESTINO: CAPIM AMARELO

O Flavio foi o motorista incumbido de nos transportar até o início da travessia (Toca do Lobo). Ele nos pegou as 09:30 e chegamos na Toca as 10:20. Animados e ansiosos iniciamos a travessia as 10:30.
No primeiro ponto de água tivemos a surpresa de encontrar um pessoal de Brasília da AVI que estava fazendo uma matéria sobre Passa Quatro, e como o Rafa é Vice-Presidente da Fememg, ele deu uma entrevista falando sobre a importância do livre acesso as montanhas, salientando o mínimo impacto e a conscientização ambiental.
Após o Rafrango fazer as explanações, nós continuamos a pernada, com belas caminhadas sobre a crista sem muitos perrengues. Chegamos no ponto de acampamento antes do Capim Amarelo e por lá achamos um lugar estreito para montarmos as barracas. O Jorge e a Paty com uma barraca estilo Xandão moda-grande, ocuparam 50% do local, enquanto o resto se digladiava por míseros m2. Fizemos um rango e logo nos retiramos aos nossos aposentos.
OBS: Nem preciso comentar que já sabíamos que nossa barraca era grande e pesada, mas é a única que temos...






2º DIA 24/06/11 – DESTINO: PEDRA DA MINA
Acordamos as 06:00 com a esperança de ver o sol nascer, breve ilusão, pois o dito cujo ascendeu atrás das montanhas. Por volta das 08:30, logo após o café da manhã, nos pusemos a caminhar.
O segundo dia foi dividido em 2 etapas. A primeira com muita mata fechada, capim-elefante e taquaral, já a segunda etapa com muito trepa pedra e crista batida. Em relação ao desnível, este segundo dia começou com um aclive de 100 mts no Capim Amarelo e conseqüentemente um declive de 300 mts em mata fechada, alternando posteriormente em subidas de descidas menores.
Com a craudiação e o excesso de pessoas na trilha (+/- 150 pessoas), optamos em acampar no ponto de água antes da Pedra da Mina, sem dúvida um dos melhores pontos em toda a travessia. Apesar da exposição a ventos, o local era privilegiado devido ao terreno plano, espaçoso, próximo da água e longe da muvuca. Esta noite foi a mais marcante por vários motivos: rango comunitário, clima perfeito, Via Láctea riscada no céu e salpicada por meteoros. Somente dois fatos lamentáveis: Rojões no alto da Pedra da Mina e um incêndio em um dos picos que passamos no primeiro dia (o prev fogo trabalha com a hipótese de pessoas que fizeram uma fogueira e perderam o controle).
OBS: O rango comunitário foi composto por: azeitonas de aperitivo, sopão de entrada, e calabresa com provolone na "chapa"!!! E o prato principal foi cada um por si...





3º DIA 25/06/11 – DESTINO: PICO DOS TRÊS ESTADOS
Acordamos as 06:30 e mais uma vez não conseguimos ver o nascer do sol. Tomamos um café da manhã reforçado e levantamos acampamento as 08:30. As 10:00 estávamos no cume da Pedra da Mina. Contemplamos a beleza em sua totalidade nos 360º visíveis, avistando o maciço do Marins-Itaguaré, Agulhas Negras, Prateleiras, Serra do Mar, Pico do Corcovado e até o Pico do Papagaio. Depois de belas imagens, conversamos sobre a hipótese do Jorge e a Paty abortarem a travessia devido ao cansaço. Começamos a descer a Pedra da Mina e próximo a base, nos dividimos em dois grupos. A Paty e o Jorge desceram pela trilha do Paiolinho, sendo uma descida nada fácil com uma duração de 6 horas de pernada, enquanto o restante do grupo continuou a travessia.
Como descemos um pedaço da Pedra da Mina junto com o Jorge e a Paty, tivemos que fazer uma variante para interceptar o track log mais a frente no Vale do Ruá. Ficamos praticamente 40 minutos em um puta vara-mato no meio do Capim Elefante.
Depois de voltar à trilha, rumamos a leste, passamos pelo Cupim de Boi, e pelo Pico dos 3 Estados.
Desde a descida da Pedra da Minha nós imprimimos um ritmo muito forte, assim pensamos em ficar no Acampamento 23 para escapar da craudiação.
Como planejado, logramos o acamp 23 as 17:30. Armamos as barracas numa piramba, mas o suficiente para dormir. O frio era intenso, então fizemos a janta e logo nos pusemos a contar carneiros.
PLANO B: Pois é, eu e Jorge optamos por voltar pela trilha da Pedra da Mina... Mas... Se a gente soubesse que a descida da Pedra da Mina era em 6 horas, talvez a gente teria continuado a travessia até o fim!!! Enfim, a trilha é mto chata, com partes em blocos de pedra (basicamente desescalando), mata fechada, mata aberta, e o final é uma trilha numa "floresta" de árvores, que parecia que não tinha fim!!! Sobe, desce, passa cachoeira, pega água, sobe, desce, vai reto, e a trilha nunca acabava... No fim claro que acabou, e acabou na Fazenda Pedra da Mina, às 18hs!!! Nunca fiquei tão feliz em ver uma placa!!! Ledo engano... Pois tínhamos que ir até o vilarejo telefonar de algum celular rural para a Eliana ir nos buscar... Mais 3 km até o vilarejo... Mas, felizmente, tivemos a grande ajuda do Sr. Ramos, dono da fazenda, que colocou nossas mochilas no lombo da sua égua e fomos conversando até o vilarejo!!! Conseguimos falar com a Eliana, mas ela não podia nos buscar naquela hora, então arrumamos uma carona com o Zé do Rancho até Passa Quatro, mas no meio do caminho encontramos a Eliana, que já tinha encontrado uma vaga em outra pousada para nós!!! Nem acreditei... Banho!!! Jantar!!! Bife com batata frita!!! Edredon quentinho!!! Hehehehe...

 

4º DIA 26/06/11 - DESTINO: POUSADA DO VERDE
Levantamos as 05:00 da matina, e logo as 06:08 estávamos iniciando o último trecho da Serra Fina. Como preferimos acampar depois do Pico dos 3 Estados, acabamos passando a maioria das pessoas. Perto do Pico do Alto dos Ivos, passamos o último grupo acampado, e daí em diante foi só pelejar e rasgar o mato que cada vez mais fechado por bambus e cipós atrapalhava o ritmo.
Chegando perto da BR, ligamos para a Eliana (responsável pelo transporte), e ela atenciosamente conseguiu adiantar nosso resgate. As 11:00 chegamos a BR e encontramos o Toninho da Van.
Estávamos preocupados com o Jorge e a Paty, pois não conseguimos comunicação com eles durante a descida, mas durante um contato com a Eliana, foi nos passado que eles estavam bem e já acomodados na Pousada das Pedras.
Chegamos a Pousada do Verde próximo as 13:00, e como já tínhamos reservado almoço e banho, logo nos deleitamos com pratos fartos de comida caseira e sobremesa típica da vovó ( Doce de Leite e Canjica ). Tomamos um belo banho pra tirar a catinga e nos despedimos já com a promessa de fazer o Pico do Papagaio em Agosto.
OBS: Acordamos tarde, mas ainda cansados... Fomos encontrar com os meninos, eles nos contaram toda a aventura do fim da travessia, e no fim pegamos estrada!!!



CONCLUSÕES
Fazer a Serra Fina não é fácil, mas também não é absurdamente difícil, o mais complicado é desenvolver um ritmo ideal, já que 70 % da travessia é em mata fechada, então podemos considerar uma travessia longa e técnica, obrigando a uma boa preparação no quesito físico, psicológico e de infra-estrutura. Todas as decisões fáceis e difíceis foram tomadas em acordo com a equipe, sempre priorizando a segurança. Acredito que foi uma experiência ímpar para todos e que somente fortaleceu a auto-estima e os laços de amizade.
OBS: Sem dúvida o crux da travessia é carregar a água, que diminui o peso da mochila qdo vc bebe, mas todo o peso volta qdo vc enche de novo as garrafas... E assim vai...

Frangos presentes:
Rafa – Rezemos para alma, pois o corpo já era...
Paty – Dona do resort...
Jorge – Cara caramba cara cara o...
Cris – Se ele não quebrar o bastão da BD, ninguém mais quebra...
Willian - Pé frio com sacolinha...

EM BREVE UM VIDEO EDITADO PELO RAFA... AGUARDEM!!!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Trekking em Ferros - MG

O fds chegou e resolvemos encarar a estrada para ir conhecer o pólo de escalada de Ferros!!!
"Encarar" a estrada porque tivemos que ir por Sabará até Caeté, e nem preciso dizer que fiquei enjoada naquela serrinha... De Caeté até a BR 262, e pegamos o trevo que vai para Itabira, essa parte da estrada está toda em obras, com dois trechos com sinalização de pare/siga... Mais 20km de estrada de terra até a Fazenda do Tonico...
Ou seja: 180km em 4 horas!!!
Chegamos lá +/- 10h00, começamos a arrumar as coisas, qdo o Tonico acordou e nos recebeu com uma prosa mto boa, nos contando a história geológica da área... Papo delicioso para 3 geólogos!!! Hehehe...
Eu e Jorge queríamos fazer a via "eu não sou de ferro", 200m, na parede principal, e Tonico nos emprestou um facão para abrir a trilha que poderia estar bem fechada...
Fomos andando até a estradinha da parede principal, fui observando e admirando as montanhas de pedra tão lindas da região!!!


A dica era uma árvore morta na estradinha para indicar a trilha para a base da via... Nessa estrada, percebemos um monte de bosta de cavalo, então ficamos espertos em relação à carrapatos... Argh...
Achamos a árvore morta e entramos na mata, tentando desvendar a tal trilha, Jorge foi abrindo caminho com o facão, mas chegou uma hora que a mata era mto fechada e as árvores eram mais robustas...

Resolvemos voltar e tentar achar outro caminho... Nessa hora, o Jorge viu uma "folha" na perna dele, mas qdo olhou direito, viu que era uma "nuvem" de micuins!!! Ahhh!!! Qdo percebi, tb tinha milhares de micuins na minha calça...

Achamos uma trilha em zigue-zague, provavelmente fruto de caminhos dos cavalos... Chegamos num lajedo de rocha lindo, e paramos ali para comer um lanche, pois meu estômago estava roncando há um tempo...

Deste lajedo conseguimos localizar a via, mas sem ver os grampos... Seguimos pelo lajedo, até avistarmos um enxame de abelha perto de uma árvore caída... Desviamos para a esquerda e entramos na mata novamente... Eis que encontramos a parede!!! U-hu!!! Pena que estávamos à esquerda da base da via, separados por uma drenagem... E era verdade!!! Chegamos exatamente na parte da parede que NÃO tem via... Subimos a trilha da base da pedra, víamos a parede maravilhosa, com mto potencial de vias a serem abertas ainda!!!
Voltamos até o lajedo, e sabíamos que tínhamos que passar pela direita das abelhas... A aflição com os micuins ficou pequena perto do "medinho" das abelhas, que falou mais alto e voltamos até a estradinha.
Mais um dia só de trekking, que na verdade foi um dia de treinamento para a Serra Fina no feriado!!! No fim voltamos no mesmo dia para BH... Mais 180km... Mais 4 horas na estrada... Cheguei em casa me coçando toda, com 11 picadas de carrapato só na minha barriga... Malditos micuinzinhos!!!
No domingo ficamos dormindo até tarde, afinal eu queria descansar um pouco!!! Resolvemos ir até o Rod escalar um pouco, chegamos lá num horário inédito para nós: 13h00!!! Hehehehe... Mas foi bem agradável, pois o Grupo 1 fica na sombra à tarde, então não estava mto quente...
Escalamos as vias preferidas de sempre, levei uma bela vaca no crux da Mapa, mas antes de casar sara... Hahahahaha... Lá pelas tantas o Elton apareceu lá e guiou a fenda em móvel, e o Jorge foi de segundo limpando a via... Os alunos do Ralf mandando ver nos móveis, hein?! Hehehehe...




No fim do dia fomos tomar um açaí na lagoa com o Felipe e a Agnes, que tb chegaram tarde para escalar...
E assim mais um fds da temporada se passou...
Que venha a Serra Fina!!! U-hu!!!

by Pati

domingo, 12 de junho de 2011

Programa de Índio: Especial Dia Dos Namorados

A missão do fds era ir para Catas Altas, conhecer e escalar o Morro da Boa Vista, acampar no camping do Caverna, e jantar no vilarejo para brindar o dia dos namorados...
7h00 Rafa e Flavinha passam lá em casa para nos pegar e vamos direto para a estrada...
10h00 Chegamos em Catas Altas

11h00 Arrumamos as mochilas e pegamos a trilha...

Depois de atravessar o trilho do trem (deu um certo receio), seguimos a trilha pelo GPS, mas a trilha não existia mais fisicamente, e ficamos quebrando mato na expectativa de chegar na pedra...

Depois de 3 horas de tentativas e idas e vindas, paramos para comer um lanche e descansar... Víamos a pedra tão perto, mas tão longe ao mesmo tempo...

Depois de comer, a Flavinha estava mto cansada e nós meninas ficamos esperando os meninos tentarem achar a trilha e chegar na pedra...

Depois de um tempo eles voltaram, falando que encontraram a pedra, mas as faces que têm as vias de 8° e 9° graus... Hehehehehe...
Nessa hora o Jorge avistou um enxame de abelhas perto de onde estávamos, rapidamente levantamos e saímos de lá...
Na volta, por incrível que pareça, encontramos a trilha, e em 20 minutos estávamos no carro...
Fomos direto para o Camping do Caverna, mas ele não estava lá... Depois de um tempo ele chegou, armamos as barracas, fomos pro banho (o chuveiro era elétrico, mas a água continuava friiiiiiia), e fomos para a vila comer algo...
Fomos jantar num restaurante lindinho, bem rústico, com cardápio exótico, mas com direito a vinho para bebemorarmos o passeio em Catas Altas!!! Ah, e o dia dos namorados tb, né!!!


De manhã acordamos cedo e o céu estava todo branco, cheio de nuvens, e garoando!!! Ah, mto azar mesmo... Tomamos um capuccino com bolo de chocolate (o meu bolo, que diga-se de passagem, é muito bom!) e depois desmontamos acampamento para voltar para BH... O céu estava tão encoberto de nuvens, que não conseguíamos ver o Baiano!!!

Catas Altas brevemente estará em nossos planos ainda nesta temporada!!! Mas valeu a pena para conhecer a região, que é maravilhosa, e fazer uma caminhadinha de treinamento pensando na Serra Fina no próximo feriado!!!

Ah, eu queria parabenizar a Franguinha Flavinha, que esqueceu as pernas da calça-bermuda dela e fez a trilha toda arranhando as pernas e sem reclamar!!!

by Pati

terça-feira, 7 de junho de 2011

Bate e volta São Bento - maior programa de frango, digo de índio da história...

Há algumas semanas que eu e a Flavinha tinhamos combinado de ir pra São Bento do Sapucaí nesse fim de semana do dia 4 de junho, escalar e aproveitar a Festa na Montanha da FEMESP.

Semana passada chegou e não contávamos com a cirurgia que a Mimosa (cachorra da Flávia) precisou fazer para retirada do útero. Com isso, a opção de ir passar o fim de semana todo em São Bento foi pras cucuias. Como a expectativa de escalar na Pedra do Baú pela primeira vez me consumia durante toda a semana, liguei pra Flavinha na sexta e dei a idéia de "bate e volta" no sábado. Ela disse: "que dá dá, mas fica apertado né?!". Eu tentei convencê-la com um papo de que de Lavras a São Bento são só 250kms e tal, e no final combinamos de ir.

O plano era acordar sábado nem tão cedo assim, ir pra São Bento, escalar a normal do Baú, dar uma passada na Festa da FEMESP e depois voltar pra Lavras.


Segue então a sequência de fatos ocorrida no sábado:

7:00 - acordamos com o despertador tocando Jack Johnson. Levantamos, limpamos o curativo da Mimosa, pegamos as mochilas, comemos alguma coisa e pegamos o carro.

8:10 - saímos de Lavras rumo a São Bento

9:00 - chegamos na Venda do Chico para o tradicional café da manhã.. Tomamos um belo café, com pão de queijo, pão com manteiga, suco de laranja e café com leite.

11:10 - avistamos a Pedra do Baú da estrada pela primeira vez... hehe... enfim chegamos em São Bento.
Quilometragem total: 250km
Tempo total de viagem com a parada pro café: 3 horas
Nada mal hein!! Acho que vamos fazer isso mais vezes... hehe


12:10 - chegamos no estacionamento que dá acesso à Pedra do Baú. Mochilas nas costas, entramos na trlha que dá acesso à base da via Normal.


12:40 - chegamos na base da via Normal, e enfim começamos a escalada. A via começa numa chaminé bem encardida. Eu como exímio escalador de chaminés, depois de tentar por diversas vezes e de diversas formas diferentes, resolvi subir por uma fenda de dedo por fora da chaminé com a ajuda de uma árvore que ficava atrás. Essa é a pior parte da via, que depois fica bem tranquila e de certa forma protegida. A segunda enfiada é um pouco mais exposta, e bem mais bonita já que dá vista para o vale todo da cidade. Outro ponto importante foi o vento que não deu trégua e me fez tremer de frio enquanto estava parado na primeira base dando segurança pra Flávia subir.

Vista da segunda enfiada da Normal, da base da via Cresta
Flavinha ancorada numa laca me dando segurança pra
passar da aderência na face sul que dá acesso à
base da Normal
15:20 - chegamos no cume do Baú!!! Subimos as duas enfiadas da via, e depois de passarmos por uns trepas pedras bem expostos na trilha final, chegamos enfim ao cume do Baú!!! A vista lá de cima é linda, e conseguimos ver várias cordadas no Bauzinho.

Flavinha arrumando a tralha toda pra começar a descida

Nós dois no cume do Baú
16:15 - Comemos um pão de queijo, arrumamos os equipamentos, e descemos a trilha para começar o rappel. Quando chegamos na base, encontramos um senhor muito simpático, conhecido como Myka (dono do abrigo Bivaque), que nos ofereceu juntar as duas cordas para fazermos somente um rapel, ao invés dos dois normais. Aceitamos a sugestão e fizemos então um rapel de quase 50m, totalmente no vazio. Experiencia interessante, pois nunca tinhamos feito um rapel tão alto totalmente no vazio. Chegamos direto na base da Normal, e depois de termos um trabalho fenomenal para puxar a corda (por causa do arraste), juntamos tudo e pegamos a trilha de volta, sob um lindo quase pôr-do-sol que se desenhava por entre as nuvens.

Escada amarela que dá acesso ao col entre o Baú e o Bauzinho


17:10 - Chegamos de volta no estacionamento, onde comemos uma esfirra por R$3,50 (ai meu pâncreas), colocamos a tralha toda no porta-malas e tocamos de volta pra cidade.


18:15 - Chegamos na Festa da Montanha que aconteceu na loja do Eliseu, organizada pela FEMESP. Comemos alguns crepes, participamos do Bingo, rifa, e ouvimos o Silvério falar um pouco sobre o MoNa (Monumento Natural) do Baú e da FEMESP e CBME.

20:00 - Pegamos o carro e tocamos de volta pra Lavras

23:00 - Chegamos de volta em Lavras.

No final das contas deu tudo certo, e o "bate e volta em São Bento" passou de "super programa de índio" para um belo programa de fim de semana. Subir a Pedra do Baú foi espetacular, e apesar dos perrengues passados por ser a primeira escalada de parede que fizemos no ano e da falta de confiança por conta da exposição e do vento extremamente frio, a sensação de estar naquela montanha foi impagável!


Com certeza, estaremos de volta em São Bento do Sapucaí muito em breve seja no "bate e volta" ou no programa de índio convencional BH-São bento... hehe...