sexta-feira, 17 de julho de 2015

Frangos na Chapada - Parte 2 - Lençóis

A segunda parte da viagem seria em Lençóis, o principal centro turístico da Chapada Diamantina. Por ser a maior cidade da região, conta com o maior número de hotéis e agências de turismo, e uma quantidade de estrangeiros que dar inveja ao Rio de Janeiro: o que mais se houve nas ruas é idiomas de outros países, principalmente inglês, francês e alemão. Chegamos e fomos direto para o camping, armar acampamento, jantar e decidir o que fazer no dia seguinte.



De cara já sentimos que toda a economia que fizemos em Igatu iria por água abaixo. O camping custava R$30,00 por pessoa (o dobro do de Igatu) e os restaurantes e agências cobravam na mesma proporção. Ficamos no famoso Camping Lumiar, um lugar grande e agradável, com muitos pés de jaca e muita sombra.




Como havíamos escalado bastante em Igatu, decidimos tirar um dia de descanso para os braços e fazer o roteiro mais famoso de Lençóis: Gruta da Torrinha, Gruta da Pratinha e por do sol do Pai Inácio.

Gruta da Torrinha
A primeira parada foi na Gruta da Torrinha, município de Iraquara, a uns 50km de Lençóis. Essa região é muito famosa pela grande quantidade de cavernas calcáreas e a Torrinha é considerada uma das mais bonitas e completas. Acabamos convencidos pelo guia no receptivo e pegamos o passeio supermegaplus, de 2 horas e meia, e que saiu meio salgado: R$70,00 por pessoa. Mas tá valendo.

Seguimos o guia e o passeio foi sensacional. Daqueles que valem a viagem para a Chapada. Muitas formações calcáreas, galerias e salões gigantescos. Diferentemente das cavernas que temos aqui em Minas, os guias levam sempre grupos pequenos e não existem tantas estruturas artificiais (como passarelas, pavimentação, iluminação e pontes), tudo iluminado somente pelas lanternas que carregamos, o que dá um toque mais primitivo ao local.








Gruta da Pratinha
Saindo de lá, o roteiro era ir conhecer a Gruta da Pratinha e a Gruta Azul. Pegamos a estrada de terra e logo na entrada do local já tomamos um susto: um amontoeiro de carros e pessoas para todo lado e uma estrutura de parque de diversões. O local funciona como um lugar aberto de final de semana onde paga-se uma entrada e pode-se frequentar o restaurante, nadar na prainha, etc. Algumas outras atrações como flutuação na Gruta da Pratinha e Tirolesa eram pagos à parte.

Pagamos os R$20,00 e nos arrependemos amargamente. Primeiro fomos à Gruta Azul, onde havia novamente um amontoeiro de gente, alguns encostando na água e levantando uma lama que demoraria muito para sair de lá. Resultado: visual horrível.

Em seguida fomos para a Gruta da Pratinha e, apesar de a água e o local serem mais bonitos, a mesma situação. Gente pra todo lado e uma gritaria danada. Para nós que estávamos esperando alguma coisa parecida com os Poços Azul e Encantado, ficamos extremamente decepcionados e não demoramos 15 minutos para decidirmos ir embora.

Pra piorar, a Flavinha fechou o porta-malas com a chave do carro dentro. Eita! Mais 40 minutos, com a ajuda dos carinhas que trabalham lá pra passar um arame pela abertura da porta, "laçar" a maçaneta e conseguir abrir o carro. Haja trabalho!

Pai Inácio
Saindo da Pratinha, como já era quase final de tarde, fomos direto para o morro do Pai Inácio. Conhecido como o cartão postal mais famoso da Chapada, é dito que de lá pode-se contemplar o por do sol mais bonito de toda a região. Resultado: o lugar fica abarrotado de gente depois das 4 da tarde. Mas tudo bem, pelo menos o cume é bem amplo e dá para aproveitar bastante.

Pagamos os R$5,00 por pessoa no receptivo no pé do morro e subimos a trilha de quase 30 minutos até o topo. E realmente o lugar faz jus à fama. Um visual lindo de 360 graus com paredões laranja e montanhas para todo lado. Sensacional!




Ficamos ali um bom tempo tirando fotos, fazendo vídeos, contemplando...






Á noite aproveitamos para dar uma volta nas simpáticas ruazinhas cheias de gente e cadeiras de bares e restaurantes. Um clima muito gostoso para tomar uma cerveja e comer uma pizza.





Parque da Muritiba
No domingo, a ideia era ir escalar nos famosos conglomerados do Parque da Muritiba. Lá, existem várias quedas d'água em meio ao conglomerado. Já na chegada, passamos por uns tanques imensos cheios d'água e interligados... um visual muito diferente.

Pegamos a trilha em direção à cachoeira da Primavera, aonde fica a maioria das vias. Andamos uns 5 minutos quando eu displicentemente fui descer uma pedra e plaft! Torci o pé direito violentamente. Na hora senti um estalo no tornozelo, parei, tirei a bota e vi um ovo gigante aparecer. Vi ali que o dia tinha terminado, e que as férias estavam correndo perigo de serem encurtadas.

Com isso, ficamos o dia todo nos "tanques" descansando e esperando o pé desinchar.





Á noite sentamos e refizemos toda a programação da viagem, já que agora eu precisaria de alguns dias de molho para ver o quão grave havia sido a lesão. Só resta descansar e aguardar.

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