sábado, 30 de julho de 2011

Vazio e silencioso... Perfeito!!!

O Jorge voltou da Colômbia na madruguada de quinta-feira, ainda gripado, e eu tb gripada... Depois da virose, veio a conjutivite e a gripe!!! Meu corpo está pedindo férias... ;-)

Sexta-feira íamos no treino do Kaka, mas nós dois estávamos gripados, cansados, então resolvemos ficar em casa, fazer um delicioso macarrão a bolonhesa, e escalar no sábado...

Dormimos até tardão no sábado... E resolvemos dar um pulo no Rod, para sair do som da cidade, e balançar o esqueleto!!! Chegamos lá quase 13h00 (nosso récorde!) e por mais incrível que pareça, estava vazio!!! Maravilhosamente vazio!!! Ouvimos vozes no Grupo 1, mas fomos direto para o Grupo 2... Vazio e silencioso!!! Perfeito!!!

O céu estava azulzão, o tempo estava quente (e seco), escalamos tranquilos, curtindo o silêncio, a paz, ouvindo as maritacas... Hehehehe... Escalamos as vias de 4 e 5 graus para aquecer o corpo... E no fim entramos na Mapa pela vigésima vez, e pela décima quinta vez eu travei no crux... Hahahaha...

No mesmo sábado, lá se foi o Jorge para a Colômbia de novo, ainda gripado...

by Pati

terça-feira, 26 de julho de 2011

Fim de semana FODA no Cipó

Há algum tempo que o fim de semana dos dias 23 e 24 de julho estava reservado para irmos em São Bento do Sapucaí, escalar na Ana Chata e participar de um mini-festival de filmes d emontanha no abrigo do Myka (http://www.bivaque.com.br). Porém, com a maratona do fim de semana anterior, e com a informação de que o Jorge teria que viajar para a Colômbia a trabalho, decidimos desistir da viagem longa. Decidimos então, aproveitar para fazermos um dos nossos programas favoritos: escaladinha no sábado e cachoeira no domingo, na Serra do Cipó.

Dessa vez, tivemos também a desagradável companhia da pior cunhada que eu tenho, Ana Luiza van der Pork, depois da notícia de que o Popeye teria que ficar em Macaé cuidando da sua outra família de lá. Fazer o que né?!!

Pois bem, sexta a noite peguei a Flavinha e a Ana na casa delas, e depois de comer um pastel paulista, fomos pro Cipó. Chegamos lá por volta das 11 da noite, armamos as barracas e dormimos. Sábado, acordamos cedo, corremos na padaria pra tomar um café da manhã, e arrumamos as mochilas e tocamos para o morro da Pedreira. O objetivo do dia era ir conhecer melhor o grupo Foda e tentar uma via gigante de 7a/7b, a Cachimbo da Paz.

O setor Foda (croqui e infos em http://www.mountainvoices.com.br/setorfoda.html) é uma área de escalada no Grupo 3, bem no limite com o Grupo 2. Parece mais uma barbatana de tubarão emergindo da terra. Hoje conta com aproximadamente 16 vias de 5o a 9o grau, bem atléticas e protegidas, do mais belo calcáreo característica do morro da pedreira. Lugar muito bonito com sombra nas bases das vias quase o tempo todo, onde o vento soa bem forte por estar localizado no topo do maciço, inclusive com vista para a estrada que sobe a serra para Conceição do Mato Dentro.

Chegando no setor Foda
Aquecemos na Só pra elas - 5o, com a Flavinha guiando e a Ana entrando de Top. Depois entramos na via Voce decide, um 6sup bem negativo cheio de agarras gigantescas, caracterizada pelo domínio das barrigas (umas 4 ou 5), com bons descansos entre cada uma delas. O crux fica entre a última costura e o top, onde as agarras diminuem de tamanho e aumentam de espaçamento. Via muito interessante pra treinar os ante-braços.

Ana de top na Só pra elas

Tentando visualizar a Você Decide

Feito isso, fomos ao objetivo do dia, a Cachimbo da Paz. Entrei nela totalmente a vista, cheguei ao crux com uma certa facilidade e não consegui me encaixar. Além disso, a costura anterior ao crux fica há uns 2 metros de distância, à esquerda, e a quantidade de pontas de rocha abaixo desencorajam qualquer possibilidade de vaca. Tentei duas vezes entrar no crux, e desescalei até a costura. Até o crux a via é até bem tranquila com um começo bem delicado de posicionamento, seguido por uma sequência de agarras gigantescas. Desci, a Ana e a Flavinha entraram de top (na costura antes do crux) e descansei pra dar outro pega. Entrei nela de novo, e novamente cheguei bem rápido ao crux, e dessa vez consegui me encaixar num lance de muita força em agarras ruins. Passei o crux e cai na costura seguinte, não menos difícil que a anterior. Descansei um pouco e passei desse lance também. Depois disso, entra-se em uma espécie de chaminé meio chata, de pés ruins. Olhei pra cima e não via o final da via. Continuei por mais uns 10 metros nessa chaminé até que finalmente vi o top, quase no topo do maciço.

Preparando para desmontar a Cachimbo da Paz

Belíssima via, de crux bem forte, e escalada delicada em seu restante. Vai entrar pra lista das repetíveis, e merece uma volta pra sair a cadena.

Juntamos as nossas coisas e descemos pro G3, aonde ainda escalamos a boa e velha Melzinho na colher pra fechar o dia, enquanto eramos observados de perto por alguns ratos no local que vieram aparentemente em busca de restos de comida.

Voltamos pro camping, e ainda tivemos alguns resquícios de luz pra brincar de slackline durante quase uma hora.


No domingo, acordamos cedo novamente e fomos ao Parque Nacional da Serra do Cipó. A idéia do dia era conhecermos a Cachoeira Farofa de Cima, e suas 7 quedas. A caminhada total foi de aproximadamente 14km (ida e volta), com uma subida longa e constante na ida, e a mesma descida na volta.

Subindo e fugindo da chuva que vinha no vale do rio Cipó

Depois de duas horas de caminhada, avistamos uma das quedas (e aparentemente a maior delas). Descemos o rio e entramos no canyon que forma as outras quedas e ainda vimos mais 4 até um ponto em que não era mais possível descer. Ao todo conseguimos conhecer 5 das quedas.

Vista da primeira queda da Farofa de Cima

Entrada do canyon para as quedas da Farofa de Cima

Fim da linha. Descer mais, só com corda.

Na volta, o sol rachou a moleira, e paramos na Carambinha pra um último refresco. Chegamos no carro às 16:30 famintos, e ainda passamos pra comer um PF antes de voltarmos pra BH.

Fim de semana no Cipó é sempre especial, e esse não poderia deixar de ser. Escalar no setor Foda foi sensacional, tanto pelas vias quanto pelo silêncio e visual. E pra fechar o fim de semana com chave de ouro, a cachoeira da Farofa de Cima nos presenteou com suas inúmeras quedas. Particularmente a Serra do Cipó é um lugar muito especial pra mim, por tudo que oferece e pelos momentos que proporciona ainda mais acompanhado da Flavinha que torna tudo mais mágico e intenso. Um dia ainda me mudo pra lá de vez!!! Linda, muda pra lá comigo e vamos viver de amor?? Hehe...

Ainda sobrou tempo pra fazer um videozinho da escalada da Flávia na Só pra elas.


Frangos presentes:
- Rafa
- Flavinha
- Ana Luiza

Vias escaladas:
- Só pra elas - 5o
- Você decide - 6sup
- Cachimbo da paz - 7a
- Melzinho na colher - 5o

sábado, 23 de julho de 2011

Geólogas Escaladoras

Introdução: O Jorge foi viajar a trabalho no sábado à noite, então comprei passagem para SP para sábado cedinho, e voltei domingo à noite. Em plena semana de auditoria, peguei uma virose (ou ela que me pegou?!), fui no médico, trabalhei sexta-feira em casa, e sábado de madrugada lá fui eu para Confins para pegar meu avião!!! Como eu não ia despachar bagagem, fiz meu check-in pela internet, que é uma ferramenta fácil e maravilhosa!!! Fiquei o dia todo com meus pais, ainda com cólica e dor de barriga, à tarde fui na festinha de 2 anos da Isabela, filha dos meus primos-irmãos Gui e Milena, encontrei boa parte da família, que delícia!!!

Bom, agora sobre as geólogas escaladoras, né...

No fim do ano minha querida bixete Choca (Talita) veio prestar serviço na Usiminas, em Tatiaiuçu, e ficou alguns fds lá em casa... Resultado: claro que levei ela para escalar!!! E ela se mostrou bem à vontade com a escalada!!! No primeiro dia que a levei no Sítio do Rod, ela foi embora com umas 100 picadas de pernilongo nas pernas!!! Mas acho que o bichinho da escalada picou ela tb!!!

Em março eu estava em SP e levei ela na Casa de Pedra... Escalamos relativamente pouco, mas nos divertimos mto!!! Ela viu que escalar, além de ser um esporte, é uma terapia, é desestressante!!! (pra mim é filosofia de vida!) Desde então ela segue indo escalar na academia, e levou uma outra amiga, minha outra bixete Chupeta (Ana)!!!

Depois de um tempo elas compraram sapatilhas, fizeram plano semestral na academia, vão às sextas-feiras ter aula de técnica, estão evoluindo e se divertindo horrores escalando!!! Eu fico toda orgulhosa!!!

Então nesse sábado eu combinei de encontrar com elas na academia... Mas por conta da virose, eu não ia escalar não... O ruim foi que cheguei lá 10 minutos antes de fechar, então só vi elas escalando a última via, e já cansadas... Mas amei ver minhas bixetes escalando, com classe, fazendo flag, colocando o joelho pra dentro, lindas demais!!!

E dei um presente para cada uma delas: um saquinho de magnésio, com magnésio!!! E tb um cordelete para amarrar o saquinho na cintura, e ainda ensinei o nó pescador duplo para elas!!!

Tirei fotos com o meu telefone, então não ficaram mto boas...

Choca:


Ana:


Estou na torcida para elas fazerem um curso básico de escalada em rocha, e quem sabe levar os respectivos namorados para escalar tb!!! Espero um dia poder escalar na rocha com elas, as geólogas escaladoras!!! Hehehehe... Tenho outras amigas geólogas escaladoras: minha grande amiga Alceu (Mariana) e a Bruninha (do Rio)!!! Mas sei que tem outras pelo Brasil à fora...

Acho que o geólogo já é suspeito para gostar de escalada, pq já gosta de estar em contato com a natureza, gosta de viajar, curtir paisagens, e principalmente, escalar um mega afloramento de rocha, seja um boulder, uma falésia, ou uma parede... Seja um granito com fenocristais de feldspato, seja um itabirito verticalizado e crenulado, seja um calcário cheio de agarras e buracos, seja um arenito estratificado, seja um conglomerado com agarras de seixos... É extremamente maravilhoso!!!

by Pati

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Maratona Galinácea: BH-Bicas-Rio de Janeiro-Bicas-Juiz de Fora-BH

Em plena temporada, a vontade de escalar parede é mais forte que os inconvenientes para nós que moramos em BH. Como a minha mãe se mudou para Bicas há pouco tempo, decidimos aproveitar o pouso e dar um "pulo" no Rio de Janeiro, pra escalar o morro da Babilônia. O programa era:
  • ir pra Bicas na sexta a noite e dormir lá
  • sábado cedo ir para o RJ escalar
  • voltar sábado depois da escalada e emendar numa festa junina em uma fazenda de um amigo do meu irmão, em Juiz de Fora
  • domingo ir conhecer a Pedra do Yungue

UUFFAAA!!! Quanta coisa para um único fim de semana!!! Isso foi o que descobrimos no domingo...

Na sexta-feira as 18:00 eu e a Flavinha passamos pra pegar a Pat e o Jorge na casa deles. Passamos no McDonald's pra comer algo e tocamos pra Bicas. A estrada estava bem movimentada, e chegamos em Bicas por volta das 10 e meia da noite. Sábado, acordamos nem tão cedo assim, e saímos de Bicas as 8:00, chegando no RJ por volta das 11:00. Depois da jornada impossível de achar um lugar pra estacionar próximo à Praia Vermelha, chegamos na base do Babilônia às 12:00.

Eu tinha imaginado de escalar a Luiz Arnaud, via que eu e a Flavinha havíamos entrado ano passado, mas devido à escolha errada das sapatilhas, abandonamos na segunda enfiada. Porém, durante a viagem de carro, a Pat sugeriu que fizéssemos duas vias próximas, a Reinaldo Behnken (vulgo Ronaldo Beckham) e a Ricardo Prado. Assim, iríamos nos acompanhando e aproveitando pra tirar fotos uns dos outros. A Reinaldo Behnken é uma das vias mais clássicas do Babilônia, e como E2 possui as proteções não muito próximas. Pois bem, torci o pâncreas e encarei a parada.

Tivemos ainda que esperar um pessoal rapelar das duas vias para então começarmos, e por volta de 12:40 entramos na parede. A escalada da Reinaldo Benhken foi sensacional. Via de aderência/agarrência com pequenos cristais de 5 enfiadas longas, totalizando 200 metros de escalada.

Começando a primeira enfiada


O visual vai ficando mais exuberante conforme ganha-se altura, com o pão-de-açúcar, a urca e a praia vermelha no primeiro plano e a cidade de Niterói no plano de fundo. No início o E2 pesou um pouco e o Elvis me acompanhou nas duas primeiras enfiadas, em meios a alguns gritos de "PQP, que belo esticão!!". A partir da 3a enfiada, a confiança nos pés tomou conta da escalada, e o psicológico já não estava mais ligando pra distância entre as proteções. Aí foi só escalar e aproveitar o visual. Na última enfiada, ainda fomos visitados por dois miquinhos que provavelmente moram na matinha próxima ao cume.


Visual da Reinaldo Behnken
Enquanto isso, o Jorge e a Pat tocavam pra cima na Ricardo Prado, não menos bonita em visual. Porém a Ricardo Prado possui um lance de 6o grau na quarta enfiada o que a torna significativamente mais difícil. Lance esse em que o Jorge utilizou uma pequena ajudinha do grampo de baixo pra passar (hehe). O Jorge e a Pat chegaram até a base da 4a enfiada e desceram dali mesmo, enquanto eu e a Flavinha fomos até o cume do Babilônia no final da 5a enfiada.

Jorge no veneno


Pat de segunda, indo encontrar o Jorge

Às 16:40 estávamos iniciando o rapel da via, ainda com o sol rachando a moleira, e esquentando a pedra. 8 rapéis mais tarde (estávamos somente com uma corda de 60m e decidimos fazer todos os rapéis duplos, com exceção do último), e já com o sol quase totalmente escondido, chegamos no chão às luzes das head lamps, às 18:30, onde encontramos o Jorge e a Pat que já tinham terminado de rapelar da Ricardo Prado.



Completamente famintos, fomos direto ao shopping mais próximo, comemos algo, e já ligamos pra minha mãe pra avisar que a festa junina ia babar, por causa da hora já bem avançada. Pegamos o carro e voltamos mais 3 horas até Bicas, onde chegamos completamente acabados e nos esbaldamos nos braços de morfeu.

No domingo tinhamos combinado de encontrar com o Victor em Bicas às 9:00. Acordamos um pouco atrasados e as 9:30 encontramos com ele na praça da cidade. Dali, pegamos a estrada pra Juiz de Fora e por volta das 10:30, e depois de um labirinto de ruas e avenidas, chegamos no objetivo do dia. A Pedra do Yungue é um granitão gigantesco a 10km de Juiz de Fora. Possui vias de vários tipos e graduações, tradicionais e esportivas, de agarras e de aderência. Há algum tempo, a parte de trás da pedra está sendo explorada, o que nos deixa somente a opção de escalar aos domingos, quando não há detonações. Croqui e informações: http://www.montanha.bio.br/web_cem/Yungue_mapa_01.htm

A pedra impressiona pelo tamanho e pelo volume do maciço. Infelizmente, devido às detonações, a pedra possui uma fina camada de pó, o que torna a aderência não muito boa. Chegamos e fomos direto para o setor das falésias, onde escalamos a via Perturbação da Ordem, um sexto grau com muitos abaolados, e uma horizontal interessante. Entrei guiando, e na sequência todos entraram com duas cordas de segurança, para evitar o pêndulo no caso de queda e para manter uma corda passada em top rope. Frango que é frango escala de top-rope com duas cordas!!! hehe

Jorge no "lance crucial", com as duas cordas... hehe...
Depois demos uma rápida passada no bloco serpentário onde apanhamos horrores de uma via de aderência, e lá pelas 3 da tarde, nos rendemos ao cansaço do fim de semana, e juntamos as coisas pra voltar pra BH.

Fim de semana com objetivos parcialmente cumpridos, mas o ponto alto foi realmente a escalada do Babilônia. A sensação de escalar uma via de E2 com proteções mais distantes, e sentir a confiança sendo construída dentro da mente, foi inexplicável. Foi uma experiência bem interessante e com certeza abriu meu horizonte para novas escaladas.

Além disso, essa foi a primeira escalada do Jorge no Rio de Janeiro, e encarar logo um lance de 6o grau foi pauleira!!! No mais, ele se saiu muito bem na aderência (como sempre), sempre influenciado pelo jeito "Cara, caramba, cara, caraô" de ser.



Agora é planejar a próxima parede e aproveitar o restante da temporada!

Frangos presentes:
  • Rafa
  • Flavinha
  • Pat
  • Jorge

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Paaaaarem de frangar!!!

Semana passada rolou famoso curso PAARE - Prevenção de Acidentes e Auto Resgate em Ecalada - ministrado pelo Nativo.

Em 2009 o Nativo veio dar o PAARE aqui em BH, mas só o Rafa fez o curso, pois eu tinha um casamento de uma amigona da faculdade em SP (e claro que o Jorge foi comigo). Em 2010 rolou uma tentativa de se agendar mais um PAARE em BH, mas simplesmente o curso não teve quórum, o que me deixou frustrada e revoltada, e descrente com a conscientização dos procedimentos de segurança na capital da escalada esportiva... Sem comentários...

Bom, os dois primeiros dias de curso (quinta e sexta à noite) foram dedicados às discussões teóricas sobre equipamentos, dicas gerais de planejamento, estórias de acidentes e como atuar na prevenção. No fim de semana, a idéia é colocar na prática os conceitos. Começamos com os nós, depois as práticas de ascensão e descensão em corda fixa utilizando somente mosquetões, cordeletes e nós, e por último com procedimentos de resgate com rapel em contra-peso e rapel assistido.

O curso superou as nossas expectativas, foi fantástico!!! Valeu mto a pena sacrificar 1 fds da temporada!!! Hehehehe...




domingo, 10 de julho de 2011

Fim de semana no Rod

Fim de semana chegou e muitas dúvidas sobre onde escalar:

Email da Pat:


"Putz...
Morar em BH e ter várias opções de escalada aqui perto é foda...
Eu quero fazer parede na Pedra Branca...
O Jorge quer escalar aderência na Pedra Branca...
O Rafa quer escalar sétimos graus no Cipó...
Elton quer escalar em móvel...
Ontem a idéia foi ir para o Rod mesmo, pois tem as vias novas para entrarmos, tem as vias em móvel para vcs fazerem...
O que vcs acham...???"


Final das contas, acabamos indo pro Rod mesmo pela facilidade de acesso e pelo tempo total, já que eu ia ficar de voluntário na Lapinha no domingo e queria voltar cedo, e a Pat e o Jorge iam ter que fazer faxina em casa pra receber visita.

Então, sábado de manhã, eu e a Flavinha passamos pra pegar a Pat e o Jorge, e depois de parar em Lagoa Santa pro café da manhã, tocamos pro Rod onde combinamos de encontrar o Elton. Chegamos lá cedo, e antes das 9 já estávamos na base das vias.

Começamos nas boas e velhas vias do primeiro grupo, e depois fomos explorar um grupo antes do grupo 1 que ainda não conhecíamos, tentando seguir a diretriz do ano de sempre escalar pelo menos uma via diferente toda vez que formos pra pedra.

Entramos então na Antro dos Mosquitos, uma via de grau 6sup, com boa movimentação de pés e agarras boas, com um crux de um reglete meio abaolado. Muito interessante a via, mas o mais legal mesmo foi o Elton perguntando se a Pat ia entrar de top. A resposta na testa foi: "Claro que eu vou entrar guiando!". Ele então resolveu guiar também pra não fazer feio.

Elton no crux final
Vista panorâmica do setor
Depois disso, fomos para o grupo 2 para o grande objetivo do meu dia: Gaybous in the Labous. A Gaybous é uma via muito negativa, cotada em 7b/7c (na minha opinião 7c), de lances longos bem fortes com agarras boas, e um crux em abaolado bem complicado logo na segunda costura da via. Entrei a primeira vez, e tomei uma vaca considerável no crux. Desci, visualizei diferente e entrei de novo por outro lado, e me encaixei muito bem no lance. Toquei pra cima depois de costurar a terceira proteção, parei pra descansar e acabar de visualizar a via, e depois toquei pro top. Fiquei muito feliz de entrar em minha primeira via de 7c, e ter feito logo com uma queda! Me senti muito bem, principalmente na visualização dos lances e me encaixei muito bem na via. Vai merecer uma volta pra cadena!!

Entrando no crux
Costurando a terceira proteção
Depois disso, ainda entramos em outras vias no segundo grupo, e acabamos voltando cedo pra casa. Antes das 16:00 estávamos tomando aquele açaí na lagoa em Lagoa Santa, e depois voltamos pra BH.

Pontos altos do fim de semana:
- Pat entrou guiando à vista a Antro dos Mosquitos - 6sup, e ainda achou ruim quando o Elton ofereceu pra deixar a primeira costurada
- Jorge entrou guiando e montando a Sem querer querendo - 7a, apesar de ter "grudado" em dois grampos ao longo da via
- Rafa entrou no seu primeiro 7c

Frangos presentes
- Rafa
- Flavinha
- Pat
- Jorge
- Elton
- Japa (irmão do Capeta, amigo do Elton)

Vias escaladas
- SOS Mandacaru - 4o
- Baiao de Dois - 5o
- Cactus Talidomida - 4o
- Logo Sai - 5o
- Urtígueas - 6o
- Atretas do Crimb - 6sup
- Antro dos Mosquitos - 6sup
- Segunda sem Lei - 6sup
- Gaybous in the Labous - 7c
- Sem querer querendo - 7a
- A Troca - 6sup
- Bode Negro - 5sup