quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Vídeo Serra do Cipó - Grupo 1

Opa!

Ficamos uns dois meses sumidos do blog, mas foi porque a vida tava meio corrida e estávamos meio sem tempo de atualizar.

Nesse meio tempo escalamos bastante, conhecemos lugares novos e voltamos em lugares velhos.

Um dos lugares que fomos no início de novembro foi a famigerada Serra do Cipó. Fomos no Grupo 1 escalar algumas vias velhas e entrar em uma via nova: a Montanhas da Lua, um 7b lindo, bem aéreo em uma aresta ao lado do corte da velha pedreira.

Essa visita valeu um videozinho que só ficou pronto agora, pela falta de tempo. Infelizmente a escalada da Montanhas da Lua não foi filmada, mas as duas primeiras vias deram um filminho legal.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Frangando na Lapinha

Esse fim de semana não fomos escalar no sábado porque participamos da oficina sobre Segurança no Rapel, realizada pelo GPAM/FEMEMG (www.gpam-mg.blogspot.com). Com isso, decidimos ir escalar na Lapinha no domingo. Após a reabertura da Lapinha, eu tinha ido somente uma vez escalar lá, exatamente no dia da abertura. Quase 4 meses depois, eu já estava na pilha pra ir lá de novo. O Jorge ainda botou pilha pra gente entrar em algumas vias de 7o grau lá, e eu ainda queria experimentar algumas outras clássicas do lugar.

Domingo antes das 7:00, a Pat e o Jorge passaram lá em casa pra me pegar, e ainda passamos na casa da Flavinha na Pampulha e seguimos pra Lapinha. Paramos para um café da manhã na padaria na entrada para a Lapinha, e antes das 8:30 estávamos na portaria da gruta.

Preenchido o termo, ouvido o Sermão da Montanha, pegamos a trilha e fomos direto para a Savassinha. Fizemos lá duas vias mais fáceis (5sup e 6o) e depois fomos para o objetivo do dia. Na trilha entre a Karrenglass e a Sala de Aula, há um setor com duas vias esportivas muito interessantes, em um negativinho cheio de agarras. O Jorge e a Pat deixaram comigo o privilégio de entrar a vista, e na primeira entrada encadenei a PVC (Perigo vem do céu), via com um tetinho com bastante agarras e movimentos muito legais. O Jorge entrou logo em seguida e também encadenou. A Flavinha e a Pat ainda tiveram um pouco de dificuldade com a saída do tetinho.

Jorge fechando a cadena
Pat entrando no crux (a linha da Arranca Couro é
exatamente à esquerda da PVC)
Depois foi a vez de entrar à vista na Arranca Couro. Conseguimos ler bem os movimentos do chão, e o Jorge entrou primeiro e tomou um leve espanco do primeiro lance. Eu aproveitei a minha altura, passei o primeiro lance e toquei pra cima na via. Á vistão, me encaixei muito bem na via e consegui achar as agarras certas. Encadenei à vista! Me pareceu mais difícil que um 7a, apesar de no croqui constar essa graduação, mas mesmo assim foi sensacional ter encadenado à vista. O Jorge entrou depois e com uns betas de um outro escalador que entrou na via, consegui fazer ela toda com algumas paradas.

Eu passando a terceira costura na Arranca Couro
Objetivo do dia cumprido, antes das 15:00 já estávamos arrumando tudo pra ir embora, já que o horário de saída precisa ser rigorosamente cumprido. Ainda comemos um pastel das tias na portaria da gruta e voltamos pra BH com os braços cansados.

Parabéns à AME pelo trabalho realizado para a abertura da Lapinha! E acima de tudo, parabéns a todos os escaladores que estão frequentando o lugar! A educação e o respeito às regras é o maior sinal de que estamos amadurecendo, e se seguirmos nessa linha conseguiremos reabrir muitos outros locais aqui em MG!

Frangos presentes:
- Rafael
- Flavinha
- Pat
- Jorge

Vias escaladas:
- Anjos de Pedra - 5sup
- Um corpo que cai - 6
- PVC - 7a
- Arranca couro - 7b

domingo, 4 de setembro de 2011

Frangos na Pedra Filha

Como eu estou em processo de recuperação de uma lesão no músculo lumbrical na mão esquerda, escolhemos ir conhecer a Pedra Filha em Caeté e pegar mais leve em vias novas à vista.

A Pedra Filha fica bem próximo à Pedra Branca, e sua formação rochosa é bem parecida com esta. De um lado temos um granito bem croquento, bem vertical e com muitas agarras. No outro lado, um granito preto, bem aderente e com menos agarras, com vias um pouco mais positivas. O pessoal de Caeté fez um excelente trabalho catalogando e divulgando os picos de escalada da região no site: www.escaladacaete.hd1.com.br

Pedra Filha vista da estrada
Pedra Branca vista da Pedra Filha
Como nunca tinhamos ido lá, pegamos as dicas e fomos direto nas duas vias mais clássicas do lugar. Primeiro a Flavinha entrou guiando a Mancha Preta, um 5sup quase 6o grau, bem longo, com muitas agarras e um crux delicado. Depois eu entrei na Mancha Amarela, um 7a bem legal, com um início bem fácil e um crux forte em um negativinho bem aéreo no final da via, com agarras pequenas e difíceis de encontrar.

Continuando, entramos na Maridos Alforriados (primeira via conquistada nessa pedra), um 5o grau fácil intercalando muitas agarras e aderência.

Passando a corda na base da Maridos Alforriados
Flavinha guiando a Maridos Alforriados

Finalizando, decidimos ir para o Setor de Baixo, e fazer uma via de duas cordadas que dá acesso ao cume. A via se chama Extremo Norte. A via tem um crux um pouco forte pra graduação geral dela (5sup), e em muitas partes tem pouquíssimas agarras e textura bem aderente. Seguimos o croqui mas no final da via ficamos um pouco perdidos, e acabamos seguindo uma linha de grampos que parecia ir para um lado diferente do croqui, em um platô bem sujo e com uns blocos gigantescos meio soltos. Perrenguezinho no final, mas que valeu o visual lá de cima: sol quase se pondo com a Pedra Branca ao fundo.

Pedra Filha no primeiro plano, e Pedra Branca no segundo plano 
Cume da Pedra Filha
Mais um belo pico de escalada conhecido, e com certeza vamos voltar pra conhecer as outras vias!!!

Vias escaladas:
Mancha Preta - 5sup
Mancha Amarela - 7a
Maridos Alforriados - 5
Extremo Norte - 5sup

Frangos presentes:
Rafael
Flavinha

domingo, 14 de agosto de 2011

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Escaladas ferventes em Lavras

Como as aulas da Flavinha começaram, esse foi fim de semana de ir pra Lavras. Durante a semana combinei com um pessoal de lá de escalar durante o fim de semana.

Sábado acordamos a hora que deu (hehe), tomamos um café e pegamos o carro. O destino foi a Pedra Preta, na fazenda do Zé Márcio. Depois de muitas erradas de caminho, e duas horas depois, finalmente chegamos. Um belo granito muito aderente, com vias de poucas agarras e muito equilíbrio. Antes de chegar na área das vias, passamos pra avisar o proprietário que estávamos indo escalar, e aproveitei e dei pra ele um pedaço de corda de 3 metros que cortei da minha. Segundo o pessoal de lá, ele gosta muito das cordas coloridas que os escaladores dão pra ele, pra amarrar as pernas das vacas na hora de tirar leite. Eita, belo uso pra uma corda dinâmica de poliamida...

Utilizando o belíssimo presente do casal frango Pat e Jorge, o tripé, já rolou o primeiro filminho utilizando o poderoso dispositivo.



Chegando na pedra. Flávio e Túlio já na pedra.

Tinhamos ido uma única vez no Zé Márcio, quando a Flavinha fez o curso básico com o Flávio da A Via escola de escalada, mas nesse dia escalamos só uma via, a Dois Amigos. Dessa vez, esquentamos na Dois Amigos, e entramos em mais duas vias: a Lado A Lado B, via com poucas agarras e muito equilíbrio em pés muito pequenos e ruins, e a Último dos Moicanos, essa com mais agarras, algumas melhores que as outras, e um crux bem exposto (na minha opinião). Bom pra testar as pontas dos dedos dos pés e o psicológico já que estamos tão acostumados ao mar de agarras do calcário.

Como tinhamos chegado lá já tarde (perto do meio dia), o sol tava rachando a moleira, e às 15:00 já não estávamos mais aguentando tamanha a rachação. Voltamos pra cidade e tomamos um belo açaí sarado (1 litro pra mim, 500ml pra Flavinha... Hehe).

Flavinha rapelando na Lado A Lado B
Domingo, combinamos com o Flávio de nos levar pra conhecer a Serra do Faria. Pegamos ele e a Jasmin bem cedo e tocamos pra estrada de terra. Deixamos o carro na entrada da fazenda, e começamos a caminhada. 10 minutos e já avistamos a serra de quartzito bem ao fundo. Muita pedra!!! Mais meia hora de caminhada e chegamos nas bases inclinadas das vias. O visual é lindo, a pedra imponente e muito croquenta, e as fendas alucinantes (principalmente pra gente que não estamos acostumados a elas). A maioria das vias é mista ou toda em móvel, e as colocações são muito boas, com rocha bem firme e fendas paralelas.




Escalamos três vias, todas mistas, e finalmente tiramos as peças móveis do armário... Hehe...


Flávio guiando a primeira via

Eu de top na Tetéia do papai
Tinhamos ouvido falar muito da águia chilena que habita o local, e dos ataques dela aos escaladores. Como que pra nos dar as boas-vindas, enquanto a Flavinha escalava de top a primeira via, ela deu o ar da graça e fez duas investidas pra cima da Flavinha. Depois disso, vimos ela passear pelos ares algumas vezes, mas sem chegar muito perto.

Não menos forte que o dia anterior, o sol não deu trégua de novo, e por volta das 14:00 já não aguentávamos mais cozinhar na pedra. Juntamos as coisas e pegamos a trilha de volta para o carro. Infelizmente, no caminho a mochila da Flavinha abriu e um pé da sapatilha caiu. Só percebemos isso no final da trilha, e ainda tentei voltar pra procurar e nada. Paciência né! Esse tipo de coisa acontece. Se alguém encontrar, nos avise por favor (hehe). É uma Evolv Pontas amarelo e preto (valeu!).

O lugar é incrível! Visual sensacional, exposição grande pela altura da montanha, fendas lindas, rocha sólida, enfim, todos os ingredientes para uma bela escalada. Voltaremos em breve!

Vias escaladas:
Zé Márcio
Dois amigos - 5o
Lado A Lado B - 6/6sup
Último dos moicanos - 5sup
Faria
Cabô com o meu dente - 6sup
Tetéia do papai - 5sup

sábado, 6 de agosto de 2011

Escalada tranquila e rápida na Agulhinha da Gávea

Passei quase todas as férias da minha infância e adolescência na fazenda do meu avô paterno, em Nazareno, sul de MG. E convivi mto com meus primos do Rio, que tb iam passar férias lá!!! E esse sábado um dos meus primos casou, então fomos nós 6 para o casório: eu, Jorge, meu pai, minha mãe, minha irmã e meu cunhado!

10 dias antes eu aproveitei uma promoção da Gol e consegui comprar minhas passagens com um preço super em conta!!! Ida na sexta à noite e volta no domingo de manhã, pq o Jorge ia voltar da Colômbia na madrugada de domingo...

Pensei: "Rio?! Escalada!!!". Entrei em contato com meu amigo e guia Felipe Edney (http://www.a5escalada.com.br/), e fomos escalar na Agulhinha da Gávea, pq eu queria fazer uma escalada tranquila e rápida na parte da manhã, para ainda dar tempo de almoçar com minha família, e depois ir para o casamento!!!

No fim mudaram a passagem do Jorge, e ele voltou da Colômbia na madrugada de sábado, então ele foi para o Rio no sábado à tarde... Pena que não deu para ele ir com a gente na Agulhinha, ele ia adorar!!!

A Agulhinha fica na Floresta da Tijuca:


Pedra da Gávea, Agulhinha e Pedra Bonita:


A via que escalamos foi a Jorge de Castro (2° III 150m), bem tranquila, com lances de diedro em tesoura, em oposição, agarras, regletes, aderência, desescalada, escalaminhada, de tudo um pouco!!! Hehehehe...



Eu na base da terceira enfiada, com a floresta ao fundo:


Felipe, com os 2 Irmãos ao fundo:


Chegamos no cume em menos de 2 horas, e tinha uma galera lá em cima, que tinha subido por trilha!!! Umas 10 pessoas, isso pq o cume é pequeno!!! Apreciamos a vista do cume bem rápido e pegamos a trilha da volta antes que a galera resolvesse voltar tb...



Escalar no Rio é sempre uma delícia, e dessa vez nem deu tempo de doer o pé!!! Sem contar a companhia do Felipe, sempre mto dedicado, animado, um excelente guia e gente boa demais para conversar!!! Valeu demais!!!

Deu tempo de voltar ao hotel (cuja vista da janela dava para um dos 2 Irmãos), tomar banho e ir almoçar com minha família no Leblon... O Jorge chegou de viagem na hora do almoço tb, e depois de encher o papo fomos para o casório... A cerimônia foi numa igrejinha pequenininha e lindinha:



by Pati...

sábado, 30 de julho de 2011

Vazio e silencioso... Perfeito!!!

O Jorge voltou da Colômbia na madruguada de quinta-feira, ainda gripado, e eu tb gripada... Depois da virose, veio a conjutivite e a gripe!!! Meu corpo está pedindo férias... ;-)

Sexta-feira íamos no treino do Kaka, mas nós dois estávamos gripados, cansados, então resolvemos ficar em casa, fazer um delicioso macarrão a bolonhesa, e escalar no sábado...

Dormimos até tardão no sábado... E resolvemos dar um pulo no Rod, para sair do som da cidade, e balançar o esqueleto!!! Chegamos lá quase 13h00 (nosso récorde!) e por mais incrível que pareça, estava vazio!!! Maravilhosamente vazio!!! Ouvimos vozes no Grupo 1, mas fomos direto para o Grupo 2... Vazio e silencioso!!! Perfeito!!!

O céu estava azulzão, o tempo estava quente (e seco), escalamos tranquilos, curtindo o silêncio, a paz, ouvindo as maritacas... Hehehehe... Escalamos as vias de 4 e 5 graus para aquecer o corpo... E no fim entramos na Mapa pela vigésima vez, e pela décima quinta vez eu travei no crux... Hahahaha...

No mesmo sábado, lá se foi o Jorge para a Colômbia de novo, ainda gripado...

by Pati

terça-feira, 26 de julho de 2011

Fim de semana FODA no Cipó

Há algum tempo que o fim de semana dos dias 23 e 24 de julho estava reservado para irmos em São Bento do Sapucaí, escalar na Ana Chata e participar de um mini-festival de filmes d emontanha no abrigo do Myka (http://www.bivaque.com.br). Porém, com a maratona do fim de semana anterior, e com a informação de que o Jorge teria que viajar para a Colômbia a trabalho, decidimos desistir da viagem longa. Decidimos então, aproveitar para fazermos um dos nossos programas favoritos: escaladinha no sábado e cachoeira no domingo, na Serra do Cipó.

Dessa vez, tivemos também a desagradável companhia da pior cunhada que eu tenho, Ana Luiza van der Pork, depois da notícia de que o Popeye teria que ficar em Macaé cuidando da sua outra família de lá. Fazer o que né?!!

Pois bem, sexta a noite peguei a Flavinha e a Ana na casa delas, e depois de comer um pastel paulista, fomos pro Cipó. Chegamos lá por volta das 11 da noite, armamos as barracas e dormimos. Sábado, acordamos cedo, corremos na padaria pra tomar um café da manhã, e arrumamos as mochilas e tocamos para o morro da Pedreira. O objetivo do dia era ir conhecer melhor o grupo Foda e tentar uma via gigante de 7a/7b, a Cachimbo da Paz.

O setor Foda (croqui e infos em http://www.mountainvoices.com.br/setorfoda.html) é uma área de escalada no Grupo 3, bem no limite com o Grupo 2. Parece mais uma barbatana de tubarão emergindo da terra. Hoje conta com aproximadamente 16 vias de 5o a 9o grau, bem atléticas e protegidas, do mais belo calcáreo característica do morro da pedreira. Lugar muito bonito com sombra nas bases das vias quase o tempo todo, onde o vento soa bem forte por estar localizado no topo do maciço, inclusive com vista para a estrada que sobe a serra para Conceição do Mato Dentro.

Chegando no setor Foda
Aquecemos na Só pra elas - 5o, com a Flavinha guiando e a Ana entrando de Top. Depois entramos na via Voce decide, um 6sup bem negativo cheio de agarras gigantescas, caracterizada pelo domínio das barrigas (umas 4 ou 5), com bons descansos entre cada uma delas. O crux fica entre a última costura e o top, onde as agarras diminuem de tamanho e aumentam de espaçamento. Via muito interessante pra treinar os ante-braços.

Ana de top na Só pra elas

Tentando visualizar a Você Decide

Feito isso, fomos ao objetivo do dia, a Cachimbo da Paz. Entrei nela totalmente a vista, cheguei ao crux com uma certa facilidade e não consegui me encaixar. Além disso, a costura anterior ao crux fica há uns 2 metros de distância, à esquerda, e a quantidade de pontas de rocha abaixo desencorajam qualquer possibilidade de vaca. Tentei duas vezes entrar no crux, e desescalei até a costura. Até o crux a via é até bem tranquila com um começo bem delicado de posicionamento, seguido por uma sequência de agarras gigantescas. Desci, a Ana e a Flavinha entraram de top (na costura antes do crux) e descansei pra dar outro pega. Entrei nela de novo, e novamente cheguei bem rápido ao crux, e dessa vez consegui me encaixar num lance de muita força em agarras ruins. Passei o crux e cai na costura seguinte, não menos difícil que a anterior. Descansei um pouco e passei desse lance também. Depois disso, entra-se em uma espécie de chaminé meio chata, de pés ruins. Olhei pra cima e não via o final da via. Continuei por mais uns 10 metros nessa chaminé até que finalmente vi o top, quase no topo do maciço.

Preparando para desmontar a Cachimbo da Paz

Belíssima via, de crux bem forte, e escalada delicada em seu restante. Vai entrar pra lista das repetíveis, e merece uma volta pra sair a cadena.

Juntamos as nossas coisas e descemos pro G3, aonde ainda escalamos a boa e velha Melzinho na colher pra fechar o dia, enquanto eramos observados de perto por alguns ratos no local que vieram aparentemente em busca de restos de comida.

Voltamos pro camping, e ainda tivemos alguns resquícios de luz pra brincar de slackline durante quase uma hora.


No domingo, acordamos cedo novamente e fomos ao Parque Nacional da Serra do Cipó. A idéia do dia era conhecermos a Cachoeira Farofa de Cima, e suas 7 quedas. A caminhada total foi de aproximadamente 14km (ida e volta), com uma subida longa e constante na ida, e a mesma descida na volta.

Subindo e fugindo da chuva que vinha no vale do rio Cipó

Depois de duas horas de caminhada, avistamos uma das quedas (e aparentemente a maior delas). Descemos o rio e entramos no canyon que forma as outras quedas e ainda vimos mais 4 até um ponto em que não era mais possível descer. Ao todo conseguimos conhecer 5 das quedas.

Vista da primeira queda da Farofa de Cima

Entrada do canyon para as quedas da Farofa de Cima

Fim da linha. Descer mais, só com corda.

Na volta, o sol rachou a moleira, e paramos na Carambinha pra um último refresco. Chegamos no carro às 16:30 famintos, e ainda passamos pra comer um PF antes de voltarmos pra BH.

Fim de semana no Cipó é sempre especial, e esse não poderia deixar de ser. Escalar no setor Foda foi sensacional, tanto pelas vias quanto pelo silêncio e visual. E pra fechar o fim de semana com chave de ouro, a cachoeira da Farofa de Cima nos presenteou com suas inúmeras quedas. Particularmente a Serra do Cipó é um lugar muito especial pra mim, por tudo que oferece e pelos momentos que proporciona ainda mais acompanhado da Flavinha que torna tudo mais mágico e intenso. Um dia ainda me mudo pra lá de vez!!! Linda, muda pra lá comigo e vamos viver de amor?? Hehe...

Ainda sobrou tempo pra fazer um videozinho da escalada da Flávia na Só pra elas.


Frangos presentes:
- Rafa
- Flavinha
- Ana Luiza

Vias escaladas:
- Só pra elas - 5o
- Você decide - 6sup
- Cachimbo da paz - 7a
- Melzinho na colher - 5o

sábado, 23 de julho de 2011

Geólogas Escaladoras

Introdução: O Jorge foi viajar a trabalho no sábado à noite, então comprei passagem para SP para sábado cedinho, e voltei domingo à noite. Em plena semana de auditoria, peguei uma virose (ou ela que me pegou?!), fui no médico, trabalhei sexta-feira em casa, e sábado de madrugada lá fui eu para Confins para pegar meu avião!!! Como eu não ia despachar bagagem, fiz meu check-in pela internet, que é uma ferramenta fácil e maravilhosa!!! Fiquei o dia todo com meus pais, ainda com cólica e dor de barriga, à tarde fui na festinha de 2 anos da Isabela, filha dos meus primos-irmãos Gui e Milena, encontrei boa parte da família, que delícia!!!

Bom, agora sobre as geólogas escaladoras, né...

No fim do ano minha querida bixete Choca (Talita) veio prestar serviço na Usiminas, em Tatiaiuçu, e ficou alguns fds lá em casa... Resultado: claro que levei ela para escalar!!! E ela se mostrou bem à vontade com a escalada!!! No primeiro dia que a levei no Sítio do Rod, ela foi embora com umas 100 picadas de pernilongo nas pernas!!! Mas acho que o bichinho da escalada picou ela tb!!!

Em março eu estava em SP e levei ela na Casa de Pedra... Escalamos relativamente pouco, mas nos divertimos mto!!! Ela viu que escalar, além de ser um esporte, é uma terapia, é desestressante!!! (pra mim é filosofia de vida!) Desde então ela segue indo escalar na academia, e levou uma outra amiga, minha outra bixete Chupeta (Ana)!!!

Depois de um tempo elas compraram sapatilhas, fizeram plano semestral na academia, vão às sextas-feiras ter aula de técnica, estão evoluindo e se divertindo horrores escalando!!! Eu fico toda orgulhosa!!!

Então nesse sábado eu combinei de encontrar com elas na academia... Mas por conta da virose, eu não ia escalar não... O ruim foi que cheguei lá 10 minutos antes de fechar, então só vi elas escalando a última via, e já cansadas... Mas amei ver minhas bixetes escalando, com classe, fazendo flag, colocando o joelho pra dentro, lindas demais!!!

E dei um presente para cada uma delas: um saquinho de magnésio, com magnésio!!! E tb um cordelete para amarrar o saquinho na cintura, e ainda ensinei o nó pescador duplo para elas!!!

Tirei fotos com o meu telefone, então não ficaram mto boas...

Choca:


Ana:


Estou na torcida para elas fazerem um curso básico de escalada em rocha, e quem sabe levar os respectivos namorados para escalar tb!!! Espero um dia poder escalar na rocha com elas, as geólogas escaladoras!!! Hehehehe... Tenho outras amigas geólogas escaladoras: minha grande amiga Alceu (Mariana) e a Bruninha (do Rio)!!! Mas sei que tem outras pelo Brasil à fora...

Acho que o geólogo já é suspeito para gostar de escalada, pq já gosta de estar em contato com a natureza, gosta de viajar, curtir paisagens, e principalmente, escalar um mega afloramento de rocha, seja um boulder, uma falésia, ou uma parede... Seja um granito com fenocristais de feldspato, seja um itabirito verticalizado e crenulado, seja um calcário cheio de agarras e buracos, seja um arenito estratificado, seja um conglomerado com agarras de seixos... É extremamente maravilhoso!!!

by Pati

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Maratona Galinácea: BH-Bicas-Rio de Janeiro-Bicas-Juiz de Fora-BH

Em plena temporada, a vontade de escalar parede é mais forte que os inconvenientes para nós que moramos em BH. Como a minha mãe se mudou para Bicas há pouco tempo, decidimos aproveitar o pouso e dar um "pulo" no Rio de Janeiro, pra escalar o morro da Babilônia. O programa era:
  • ir pra Bicas na sexta a noite e dormir lá
  • sábado cedo ir para o RJ escalar
  • voltar sábado depois da escalada e emendar numa festa junina em uma fazenda de um amigo do meu irmão, em Juiz de Fora
  • domingo ir conhecer a Pedra do Yungue

UUFFAAA!!! Quanta coisa para um único fim de semana!!! Isso foi o que descobrimos no domingo...

Na sexta-feira as 18:00 eu e a Flavinha passamos pra pegar a Pat e o Jorge na casa deles. Passamos no McDonald's pra comer algo e tocamos pra Bicas. A estrada estava bem movimentada, e chegamos em Bicas por volta das 10 e meia da noite. Sábado, acordamos nem tão cedo assim, e saímos de Bicas as 8:00, chegando no RJ por volta das 11:00. Depois da jornada impossível de achar um lugar pra estacionar próximo à Praia Vermelha, chegamos na base do Babilônia às 12:00.

Eu tinha imaginado de escalar a Luiz Arnaud, via que eu e a Flavinha havíamos entrado ano passado, mas devido à escolha errada das sapatilhas, abandonamos na segunda enfiada. Porém, durante a viagem de carro, a Pat sugeriu que fizéssemos duas vias próximas, a Reinaldo Behnken (vulgo Ronaldo Beckham) e a Ricardo Prado. Assim, iríamos nos acompanhando e aproveitando pra tirar fotos uns dos outros. A Reinaldo Behnken é uma das vias mais clássicas do Babilônia, e como E2 possui as proteções não muito próximas. Pois bem, torci o pâncreas e encarei a parada.

Tivemos ainda que esperar um pessoal rapelar das duas vias para então começarmos, e por volta de 12:40 entramos na parede. A escalada da Reinaldo Benhken foi sensacional. Via de aderência/agarrência com pequenos cristais de 5 enfiadas longas, totalizando 200 metros de escalada.

Começando a primeira enfiada


O visual vai ficando mais exuberante conforme ganha-se altura, com o pão-de-açúcar, a urca e a praia vermelha no primeiro plano e a cidade de Niterói no plano de fundo. No início o E2 pesou um pouco e o Elvis me acompanhou nas duas primeiras enfiadas, em meios a alguns gritos de "PQP, que belo esticão!!". A partir da 3a enfiada, a confiança nos pés tomou conta da escalada, e o psicológico já não estava mais ligando pra distância entre as proteções. Aí foi só escalar e aproveitar o visual. Na última enfiada, ainda fomos visitados por dois miquinhos que provavelmente moram na matinha próxima ao cume.


Visual da Reinaldo Behnken
Enquanto isso, o Jorge e a Pat tocavam pra cima na Ricardo Prado, não menos bonita em visual. Porém a Ricardo Prado possui um lance de 6o grau na quarta enfiada o que a torna significativamente mais difícil. Lance esse em que o Jorge utilizou uma pequena ajudinha do grampo de baixo pra passar (hehe). O Jorge e a Pat chegaram até a base da 4a enfiada e desceram dali mesmo, enquanto eu e a Flavinha fomos até o cume do Babilônia no final da 5a enfiada.

Jorge no veneno


Pat de segunda, indo encontrar o Jorge

Às 16:40 estávamos iniciando o rapel da via, ainda com o sol rachando a moleira, e esquentando a pedra. 8 rapéis mais tarde (estávamos somente com uma corda de 60m e decidimos fazer todos os rapéis duplos, com exceção do último), e já com o sol quase totalmente escondido, chegamos no chão às luzes das head lamps, às 18:30, onde encontramos o Jorge e a Pat que já tinham terminado de rapelar da Ricardo Prado.



Completamente famintos, fomos direto ao shopping mais próximo, comemos algo, e já ligamos pra minha mãe pra avisar que a festa junina ia babar, por causa da hora já bem avançada. Pegamos o carro e voltamos mais 3 horas até Bicas, onde chegamos completamente acabados e nos esbaldamos nos braços de morfeu.

No domingo tinhamos combinado de encontrar com o Victor em Bicas às 9:00. Acordamos um pouco atrasados e as 9:30 encontramos com ele na praça da cidade. Dali, pegamos a estrada pra Juiz de Fora e por volta das 10:30, e depois de um labirinto de ruas e avenidas, chegamos no objetivo do dia. A Pedra do Yungue é um granitão gigantesco a 10km de Juiz de Fora. Possui vias de vários tipos e graduações, tradicionais e esportivas, de agarras e de aderência. Há algum tempo, a parte de trás da pedra está sendo explorada, o que nos deixa somente a opção de escalar aos domingos, quando não há detonações. Croqui e informações: http://www.montanha.bio.br/web_cem/Yungue_mapa_01.htm

A pedra impressiona pelo tamanho e pelo volume do maciço. Infelizmente, devido às detonações, a pedra possui uma fina camada de pó, o que torna a aderência não muito boa. Chegamos e fomos direto para o setor das falésias, onde escalamos a via Perturbação da Ordem, um sexto grau com muitos abaolados, e uma horizontal interessante. Entrei guiando, e na sequência todos entraram com duas cordas de segurança, para evitar o pêndulo no caso de queda e para manter uma corda passada em top rope. Frango que é frango escala de top-rope com duas cordas!!! hehe

Jorge no "lance crucial", com as duas cordas... hehe...
Depois demos uma rápida passada no bloco serpentário onde apanhamos horrores de uma via de aderência, e lá pelas 3 da tarde, nos rendemos ao cansaço do fim de semana, e juntamos as coisas pra voltar pra BH.

Fim de semana com objetivos parcialmente cumpridos, mas o ponto alto foi realmente a escalada do Babilônia. A sensação de escalar uma via de E2 com proteções mais distantes, e sentir a confiança sendo construída dentro da mente, foi inexplicável. Foi uma experiência bem interessante e com certeza abriu meu horizonte para novas escaladas.

Além disso, essa foi a primeira escalada do Jorge no Rio de Janeiro, e encarar logo um lance de 6o grau foi pauleira!!! No mais, ele se saiu muito bem na aderência (como sempre), sempre influenciado pelo jeito "Cara, caramba, cara, caraô" de ser.



Agora é planejar a próxima parede e aproveitar o restante da temporada!

Frangos presentes:
  • Rafa
  • Flavinha
  • Pat
  • Jorge

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Paaaaarem de frangar!!!

Semana passada rolou famoso curso PAARE - Prevenção de Acidentes e Auto Resgate em Ecalada - ministrado pelo Nativo.

Em 2009 o Nativo veio dar o PAARE aqui em BH, mas só o Rafa fez o curso, pois eu tinha um casamento de uma amigona da faculdade em SP (e claro que o Jorge foi comigo). Em 2010 rolou uma tentativa de se agendar mais um PAARE em BH, mas simplesmente o curso não teve quórum, o que me deixou frustrada e revoltada, e descrente com a conscientização dos procedimentos de segurança na capital da escalada esportiva... Sem comentários...

Bom, os dois primeiros dias de curso (quinta e sexta à noite) foram dedicados às discussões teóricas sobre equipamentos, dicas gerais de planejamento, estórias de acidentes e como atuar na prevenção. No fim de semana, a idéia é colocar na prática os conceitos. Começamos com os nós, depois as práticas de ascensão e descensão em corda fixa utilizando somente mosquetões, cordeletes e nós, e por último com procedimentos de resgate com rapel em contra-peso e rapel assistido.

O curso superou as nossas expectativas, foi fantástico!!! Valeu mto a pena sacrificar 1 fds da temporada!!! Hehehehe...