domingo, 31 de março de 2013

Páscoa no Sul - Mount Frankland


Domingo de Páscoa

Domingão amanheceu com tempo bom, então decidimos ir um pouco mais longe... Fomos conhecer Mount Frankland, a norte de Walphole, umas 2 horas da casa onde estávamos! Eu estava curiosa para conhecer esse lugar, pois ano passado teve uma viagem da CAWA para lá, e disseram que era mto legal, com mtas vias de multi-pitch (várias enfiadas).
Chegamos meio tarde, deixamos o carro no estacionamento do parque, fizemos a "trilha" de 5 minutos e já encontramos algumas duplas na parede! Ficamos um bom tempo tentando achar as vias, pq abriram mtas vias novas nos últimos anos, e nosso guia é anterior a isso... As vias dão cume, mas mta gente prefere rapelar, só que precisa de 2 cordas, pois as enfiadas têm mais de 30m...
Começamos por uma via de grau 15 e mista! Hj fizemos um trio brasileiro, então já estávamos com 3 cordas, então nossa idéia era começar a via e perceber o quão cansados estávamos do dia anterior... Resultado: nossos pés estavam nos matando!!! Dois dias seguidos de aderência??? Hehehehe...
Então ficamos "brincando" nas primeiras enfiadas das vias... A rocha de Mount Frankland é mais aderente do que a de Porongurup! E com lances bem verticais, e sem agarras de mãos ou pés: só na borracha! Shane e Raph fizeram cume, Raph desceu pela trilha e Shane preferiu rapelar, pois estava sem tênis... Alias, o lugar é cheio de formigas! Cuidado!

Pessoal escalando...

Jorge guiando!

Shane guiando a via do lado...

Jorge e Shane
Flavinha escalando...

Frango & Franguinha

Frangos brasileiros!
No jantar tivemos o famosissimo macarrao a bolonhesa da Raph! Como disse a Flavinha: "um dos melhores que jah comi!"! E de sobremesa, Raph fez um bolo-sufle de chocolate com ovinhos de Pascoa dentro! Mto bom! Tao bom que nem deu tempo de tirar foto! Hahahaha...

Hummm...


sábado, 30 de março de 2013

Páscoa no Sul - Porongurup



Sábado de Páscoa

Sábado foi dia de ir escalar em Porongurup! Obaaa! O setor escolhido foi Gibraltar Rock, e a via foi a Raven: 230m, 5 enfiadinhas, de grau 14 e crux de grau 15, toda chapeletada (fixas), e com trilha para voltar do cume! A caminhada foi boa, uns 15 minutos, com umas lajes meio molhadas no meio do caminho... Hehehehe...

Tudo molhadinho!
Combinamos de ir em dois grupos: uma cordada de três (Shane, Raph e eu) e uma cordada de dois (Jorge e Flavinha). A via é maravilhosa do começo ao fim! O tempo estava bem fechado, confesso que achei que ia chover, mas foi ótimo, pq se estivesse sol, teríamos fritado na pedra! A primeira enfiada começa numa fendinha vertical, e depois entra numa aderência fantástica! Incrível como não tem agarra! É só confiar no pé, apoiar a mão na pedra, empurrar para baixo e subir! A primeira base é um platôzinho bem tranquilo! A segunda enfiada continua em aderência e termina numa caverninha no meio parede! Fantástica! Ali deu para relaxar e comer um lanchinho! A terceira enfiada começa com o crux da via, mas é bem tranquilo, um lance vertical, esticado e delicado... E termina numa base super desconfortável... "Quer conforto?! Fica em casa no sofá vendo Faustão! Né?!"... Qdo Shane começou a quarta enfiada, ele descobriu que tinha outra base logo acima, num platôzinho... Hehehehe... Sorte do Jorge, que veio em seguida e parou lá! A quarta enfiada continua em aderência, mas mais positivinha, bem tranquila! A quinta e última enfiada é bem positiva, nem precisa das mãos... Me lembrou mto o Costão do Pão de Açúcar! Chegamos no cume, e depois de uns 15 minutos, Jorge e Flavinha se juntam a nós para curtir o visual, descansar e procurar a trilha de volta... Todos mto felizes com a escalada, o tempo, o visual, a companhia... Enfim, foi tudo maravilhoso!

Gibraltar Rock em Porongurup!

Via Raven!

Pati escalando!

Raph escalando!

Shane começando a segunda enfiada!
Felizzz!

Casal gringo!

Nós três!

Trés jolie!
Jorge chegando...

Trabalho em equipe na seg da Flavinha, enqunato eu fico olhando... Hehehehe...

Dupla dinâmica!

Franguinha curtindo o visual!

Outra franguinha curtindo o visual!

É nóis na preda!

Caminhada de volta...

Nós três na base na volta... Falta o quarto frango!
O menu dessa noite foi: home made pizza! Hum... Dá água na boca só de lembrar! Raph levou a máquina de pão dela para Albany e eles fizeram a massa, Shane desenrolou a massa, e fizemos os recheios! No nosso recheio tinha: molho de tomate, presunto de parma, mussarela, orégano, azeitona, tomate seco e parmesão! E geléia de damasco! Isso mesmo! Jorge e Flavinha colocaram geléia de damasco em metada da pizza (para matarem saudade da pizza de presunto de parma e geléia de damasco da Pizza Caraiva que tinha do lado de casa em BH!). No recheio de Shane e Raph tinha: molho de tomate, cogumelo, pimentão, presunto, salami, tipos de queijos... Parecia mais uma torta! Alguns minutinhos no forno e voilá! Delicioso! De sobremesa eu e Flavinha fizemos pizza doce: meia morango com nutela, e meia banana com leite condensado e canela (para matarmos saudade da pizza de banana da Pomodori em BH!). Ficaram maravilhosas!

Pizzaiolo!

Home Made Pizza!

Hummm...

sexta-feira, 29 de março de 2013

Páscoa no Sul - Monkey Rock



Where is Shane?!

Sexta-feira de Páscoa

Acordamos com o dia meio nublado, meio feio, parecendo que ia chover! Fomos conhecer Monkey Rock, para oeste de West Cape Howe. Monkey Rock é uma montanhazinha de rocha, confesso que não coloquei mta fé nela... Fizemos a trilha, super tranquila, que dá cume com uma vista maravilhosa! Mordi a língua! A vista de lá de cima é sensacional!



 
Shane e Jorge quiseram tentar escalar, então armamos o top (por cima), mas as vias estavam bem molhadas, então acabamos desistindo... Estávamos quase indo embora, arrumando as coisas nas mochilas, qdo Raph olha para o Jorge e diz: "Você tem chulé!"... Hahahahaha... Foi hilário, todo mundo caiu na risada! Ela disse que o pai dela ensinou a frase, e que ela treinou e esperou o momento certo para falar! O pai dela deve ser uma figura! Quero conhecer ele!
Decidimos ir comer nosso lanchinho na Elephant Rock, na praia! Linda praia! Claro que o único corajoso foi Shane, que entrou na água geladaça... Nuh! Deu até para Jorge e Shane brincarem de boulder (um de tênis e o outro descalço!)...



Meninas fofocando!
 
Pati e a saudosa Bono!

Bouldering!
 


Na volta, passamos pela Alpaca Farm, que fomos no ano passado, mas que eu queria ir de novo, para levar a Flavinha! Eu tinha certeza que ela ia curtir mto! Os meninos não quiseram ir, então fomos eu, Flavinha e Raph! Acho que as fotos falam por si só, olha só a cara de felicidade da Flavinha!

Flavinha e os coalas!

Flavinha e o baby-canguru!

Pati conversando com as alpacas!

Raph alimentando o bando...
Saindo de lá, voltamos para casa para fazer o jantar do dia: Brazilian Hot Dog! Ok, não é brasileiro, é paullista, porque só paulista coloca purê de batata no cachorro-quente, né?! Raph e Shane adoraram! Ufa!
 
Brazilian Hot Dog!
 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Páscoa no Sul de WA!

Esse feriado da Páscoa foi simplesmente perfeito! Lugares maravilhosos, escaladas maravilhosas, comidas maravilhosas, clima maravilhoso, e tudo  isso na companhia de pessoas maravihosas!!! Só seria mais perfeito ainda se o Rafa estivesse aqui com a gente!
 
VEEEM LOGOOO RAFA!!!
 
Ano passado estivemos em West Cape Howe, e vimos o Porongurup na volta para casa... Em janeiro estivemos em Albany, e fomos em Castle Rock, que faz parte do Porongurup... E ficamos com aquela coceira na mão, querendo mto escalar em Porongurup! E voltar no Peak Head, claro!
Feriadinho da Páscoa chegando, conseguimos alugar uma casinha entre Denmark e Albany, bem no meio do caminho de tudo que a gente queria fazer: levar a Flavinha em Shelley Beach e na Natural Bridge, escalar em Porongurup, no Peak Head e quem sabe ir para Mount Frankland tb!
 

Dessa vez não conseguimos sair mto cedo do trabalho, mas tudo bem... Pegamos a Flavinha na escola de ingles, e pé na estrada! Um pouco de trânsito, mas nunca se compara com o trânsito que pegávamos na saída de Contagem qdo íamos para o sul de MG! Hehehehe...
É chão de Perth até Albany: 420km! A viagem é meio lenta, pq a estrada é simples... Qdo a estrada é simples, a cada 8km tem uma faixa adicional de 1km para ultrapassagem, o que evita que pessoas ultrapassem invadindo a pista contrária!
Ah, e dessa vez vimos ao vivo o porque de as pessoas terem pavor de pegar estrada no fim da tarde: cangurus! Os cangurus adoram atravessar a estrada no amanhecer e no anoitecer! E pior, se vc buzinar ou dar luz, o canguru pára e olha, ele não assusta e corre! Ou seja, batida na certa! Não aconteceu nada com a gente não, mas vimos um canguru artavessando a estrada, pulando feliz e contente 3 carros na nossa frente! Tenso!
Chegamos na casinha bem tarde, e Jorge estava bem cansado, já que eu não dirijo o enorme barco  carro que ele comprou! 20 minutos depois, Shane e Raph tb chegaram! Todos cansados e com friozinho, bora pra cama dormir!
Durante a semana eu troquei quase 50 e-mails com a Raph, para decidirmos o menu do feriado! Em seguida mais detalhes! Hehehehe...

Sexta-feira: Monkey Rock

Sábado: Porongurup

Domingo: Mt Frankland

Segunda-feira: Albany

quarta-feira, 27 de março de 2013

Tempin ruimzin no Itatiaia

Feriado em Contagem na sexta ( aniversário da cidade), resolvi fazer a tradicional ida anual ao Itatiaia e aproveitar que o parque provavelmente estaria vazio por ser um fim de semana comum. Combinei com o Guilherme da Das Pedras, e reservamos o abrigo Rebouças com bastante antecedência. De última hora, o Dagó (vulgo José Roberto) do CEM resolveu ir e juntamos os três no Kazinho rumo à Itatiaia.

Dessa vez o objetivo principal era a via Chaminé Idalício no Prateleiras. Uma chaminé que sai do chão e vai até o cume, de aproximadamente 60 metros com um trechinho inicial em artificial fixo. A previsão do tempo não era das melhores mas, como ficaríamos no abrigo dessa vez, resolvemos arriscar.

Saímos de BH na quinta-feira por volta das 8 e meia e já pegamos um congestionamento monstro no Anel. Saímos quebrando pro meio do Barreiro pra desviar do transito e com um pouco de atraso conseguimos pegar a Fernão Dias rumo ao sul de minas. Chegamos na portaria do parque às 3:40 da madruga, e um simpático guarda-parque nos lembrou que somente poderíamos entrar a partir das 7:00. Tudo bem então. Embolamos nós 3 no Ka e tentamos alguma coisa parecida com dormir, enlatados, até às 7:00.


Com tempo bom, descemos todos felizes em direção ao abrigo Rebouças e quando chegamos no abrigo, um pessoal de SJDR ainda não tinha liberado. Deixamos nossas mochilas na varadinha do abrigo e debaixo de um sol muito agradável pegamos a trilha para o Prateleiras. Aí o tempo ruim começou a dar as caras. A neblina subiu bonito e quando chegamos ao Prateleiras a visibilidade não era das melhores. Demos uma apalpada na pedra e parecia que estava bem seca, então resolvemos tocar pra cima na Chaminé Idalício.

chegada no Prateleiras com muita neblina


Eu sonhava com essa via há uns 3 anos desde que vi um pessoal de Pouso Alegre fazendo ela então me prontifiquei de imediato para guiá-la. A primeira enfiada inicia em um artificial fixo levemente negativo bem tranquilo e termina na entrada da chaminé onde há uma pedra entalada. O lance mais difícil é a subida dessa chaminé e o domínio dessa pedra pelo lado de fora, com a última proteção há uns bons 3 ou 4 metros abaixo. Entalei um camalot na pedra entalada e criei coragem pra fazer o lance e dominar a pedra. Ali é a P1. De segundos vieram o Guilherme e depois o Dagó.

eu guiando o final do trecho de artificial

Guilherme na chaminé apertada depois do artificial

zoom do perrengue

Aí na P1 começamos a ter noção do tamanho da encrenca. A parte de dentro da chaminé estava bem escorregadia, cheia de lodo, e o tempo continuava a piorar com um vento frio de tremer os dentes. Já tava na m... mesmo, resolvi continuar guiando o trecho molhado. Depois de alguns camalots em pedras entaladas no fundo da chaminé, consegui utilizar as técnicas do sapinho e da minhoca pra subir uns 10 metros e chegar na próxima proteção fixa, onde fizemos a P2.

(não há fotos de durante a escalada porque os jumentos aqui largaram as máquinas nas mochilas na base da via)

Após a P2, vinha o trecho mais molhado da via. Uma chaminé um pouco mais fácil que a anterior, com bons pés de oposição, mas que escorria água pelas paredes e com nenhuma possibilidade de proteção móvel. Nesse momento, criei umas 2 bolas a mais e resolvi tentar subir a chaminé encharcada. Preguei o pé na parede de um lado e as costas no outro e fui subindo devagar uns 5 metros até chegar em uma laca entalada onde consegui colocar 2 camalots. UFA! daí pra cima foi mais um trechinho de chaminé, e por último um trecho de escalada em face com boas agarras, que teria sido feita em face se não fosse o lodo abundante. Novamente preguei os pés de um lado e as costas do outro e, na melhor técnica da minhoca do dia, cheguei ao final da via. O Guilherme e o Dagó vieram logo em seguida e foi só o tempo de rabiscarmos alguma coisa no livro de cume e começar o rapel no meio da névoa que dominava a paisagem.

rapel do Prateleiras... vista da primeira enfiada
da Chaminé Idaliício...

Durante o rapel até apareceram resquícios de tempo aberto onde pudemos ver um pouco mais do lindíssimo vale que fica à frente do Prateleiras, mas nada que nos animasse demais. Descemos os 3 e por volta das 19:30, já escuro, chegamos de volta ao abrigo.

A noite foi de bons jantares. Por volta das 11 e meia tivemos nosso sono interrompido por 6 carinhas de Itamonte que iam fazer a travessia Ruy Braga e entraram falando bem alto e nos incomodando. Dia seguinte eles continuaram com a barulheira e seguiram para a travessia. Só mais tarde fomos descobrir que eles não poderiam ter entrado no abrigo e os guarda-parques estavam atrás deles. Sempre tem uns desses né.

beliches no abrigo

área comum do abrigo com duas mesinhas e um fogão à gás

Sábado acordamos cedo com a barulheira alheia e, animados pelo tempo bonito que se apresentava, partimos rápido para o Agulhas Negras para o segundo objetivo principal da viagem: a via Normal do Agulhas.

represa e abrigo Rebouças ao fundo


Começamos bem a caminhada e quanto mais avançávamos mais o tempo fechava. Quando chegamos no ponto de bifurcação entre a Normal e a via Pontão, a chuva começou a cair mais forte. Achamos uma pedra negativa e nos abrigamos nela esperando a chuva passar. Nesse momento chegaram um grupo de 7 pessoas (5 homens e 2 mulheres), a maioria de camiseta de algodão cavada, bermuda e alguns de sapatênis, completamente encharcados da chuva. Depois de esperar algum tempo pra ver se a chuva parava, resolvemos descer, enquanto o grupo decidia se continuaria ou não.

Para não perder o dia, sugeri fazermos a caminhada para o cume da Pedra do Altar. Trilha tranquila e pouco íngreme que nos levou em menos de uma hora ao topo. Que vista linda do lugar!!! Dá pra se ver o parque quase todo desse ponto. Agulhas Negras de um lado, Prateleiras e Couto do outro!!! Valeu a caminhada e no final não perdemos o dia.

sapinho flamenguista na trilha, símbolo do Itatiaia

cume da Pedra do Altar

Asa de Hermes à esquerda e Agulhas Negras vistos da Pedra do Altar

No final do dia, o tempo abriu completamente de novo, nos presenteando com essa bela imagem da lua nascendo logo acima do Agulhas Negras e inclusive nos animando a tomar um banho no riozinho represado próximo ao abrigo.


Domingo, último dia, acordamos um pouco mais tarde, enrolamos mais que o normal no café da manhã e saímos do abrigo em direção ao estacionamento por volta das 9:30. Pelo horário desistimos de escalar alguma coisa, e então decidimos fazer a caminhada para o cume do Couto. De mochilas leves, e com a trilha bem marcada e tranquila, em pouco mais de uma hora estávamos no cume do Couto. Novamente, apesar do tempo fechado e nublado, belíssimo visual de todo o vale do parque, com Pedra do Altar e Agulhas Negras ao fundo!


cume do Couto, com muita neblina

Na trilha de volta, já quase chegando no carro, ainda pegamos uma bela chuva que serviu pra esfriar o corpo e nos despedir do Itatiaia.

Mais um feriado precioso nesse lugar que na minha opinião é único no Brasil, tanto pelas formações rochosas, quanto pela altitude, quanto pelo clima, e principalmente pelos visuais. Dessa vez tomamos bastante água na cabeça, mas sempre se aprende muito na montanha, principalmente quando enfrentamos adversidades. Valeu Guilherme e Dagó pela parceria!