terça-feira, 7 de junho de 2011

Bate e volta São Bento - maior programa de frango, digo de índio da história...

Há algumas semanas que eu e a Flavinha tinhamos combinado de ir pra São Bento do Sapucaí nesse fim de semana do dia 4 de junho, escalar e aproveitar a Festa na Montanha da FEMESP.

Semana passada chegou e não contávamos com a cirurgia que a Mimosa (cachorra da Flávia) precisou fazer para retirada do útero. Com isso, a opção de ir passar o fim de semana todo em São Bento foi pras cucuias. Como a expectativa de escalar na Pedra do Baú pela primeira vez me consumia durante toda a semana, liguei pra Flavinha na sexta e dei a idéia de "bate e volta" no sábado. Ela disse: "que dá dá, mas fica apertado né?!". Eu tentei convencê-la com um papo de que de Lavras a São Bento são só 250kms e tal, e no final combinamos de ir.

O plano era acordar sábado nem tão cedo assim, ir pra São Bento, escalar a normal do Baú, dar uma passada na Festa da FEMESP e depois voltar pra Lavras.


Segue então a sequência de fatos ocorrida no sábado:

7:00 - acordamos com o despertador tocando Jack Johnson. Levantamos, limpamos o curativo da Mimosa, pegamos as mochilas, comemos alguma coisa e pegamos o carro.

8:10 - saímos de Lavras rumo a São Bento

9:00 - chegamos na Venda do Chico para o tradicional café da manhã.. Tomamos um belo café, com pão de queijo, pão com manteiga, suco de laranja e café com leite.

11:10 - avistamos a Pedra do Baú da estrada pela primeira vez... hehe... enfim chegamos em São Bento.
Quilometragem total: 250km
Tempo total de viagem com a parada pro café: 3 horas
Nada mal hein!! Acho que vamos fazer isso mais vezes... hehe


12:10 - chegamos no estacionamento que dá acesso à Pedra do Baú. Mochilas nas costas, entramos na trlha que dá acesso à base da via Normal.


12:40 - chegamos na base da via Normal, e enfim começamos a escalada. A via começa numa chaminé bem encardida. Eu como exímio escalador de chaminés, depois de tentar por diversas vezes e de diversas formas diferentes, resolvi subir por uma fenda de dedo por fora da chaminé com a ajuda de uma árvore que ficava atrás. Essa é a pior parte da via, que depois fica bem tranquila e de certa forma protegida. A segunda enfiada é um pouco mais exposta, e bem mais bonita já que dá vista para o vale todo da cidade. Outro ponto importante foi o vento que não deu trégua e me fez tremer de frio enquanto estava parado na primeira base dando segurança pra Flávia subir.

Vista da segunda enfiada da Normal, da base da via Cresta
Flavinha ancorada numa laca me dando segurança pra
passar da aderência na face sul que dá acesso à
base da Normal
15:20 - chegamos no cume do Baú!!! Subimos as duas enfiadas da via, e depois de passarmos por uns trepas pedras bem expostos na trilha final, chegamos enfim ao cume do Baú!!! A vista lá de cima é linda, e conseguimos ver várias cordadas no Bauzinho.

Flavinha arrumando a tralha toda pra começar a descida

Nós dois no cume do Baú
16:15 - Comemos um pão de queijo, arrumamos os equipamentos, e descemos a trilha para começar o rappel. Quando chegamos na base, encontramos um senhor muito simpático, conhecido como Myka (dono do abrigo Bivaque), que nos ofereceu juntar as duas cordas para fazermos somente um rapel, ao invés dos dois normais. Aceitamos a sugestão e fizemos então um rapel de quase 50m, totalmente no vazio. Experiencia interessante, pois nunca tinhamos feito um rapel tão alto totalmente no vazio. Chegamos direto na base da Normal, e depois de termos um trabalho fenomenal para puxar a corda (por causa do arraste), juntamos tudo e pegamos a trilha de volta, sob um lindo quase pôr-do-sol que se desenhava por entre as nuvens.

Escada amarela que dá acesso ao col entre o Baú e o Bauzinho


17:10 - Chegamos de volta no estacionamento, onde comemos uma esfirra por R$3,50 (ai meu pâncreas), colocamos a tralha toda no porta-malas e tocamos de volta pra cidade.


18:15 - Chegamos na Festa da Montanha que aconteceu na loja do Eliseu, organizada pela FEMESP. Comemos alguns crepes, participamos do Bingo, rifa, e ouvimos o Silvério falar um pouco sobre o MoNa (Monumento Natural) do Baú e da FEMESP e CBME.

20:00 - Pegamos o carro e tocamos de volta pra Lavras

23:00 - Chegamos de volta em Lavras.

No final das contas deu tudo certo, e o "bate e volta em São Bento" passou de "super programa de índio" para um belo programa de fim de semana. Subir a Pedra do Baú foi espetacular, e apesar dos perrengues passados por ser a primeira escalada de parede que fizemos no ano e da falta de confiança por conta da exposição e do vento extremamente frio, a sensação de estar naquela montanha foi impagável!


Com certeza, estaremos de volta em São Bento do Sapucaí muito em breve seja no "bate e volta" ou no programa de índio convencional BH-São bento... hehe...

Um comentário:

  1. Adorei o programa de índio de vcs!!!
    Acho que vamos nos juntar a vcs no próximo!!!
    Lindas fotos!!!

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