Vários fins de semana passados sem o foco na escalada, e consequentemente sem escalar direito na pedra, combinei com a Flavinha de fazermos um bate e volta no Cipó no sábado. Tava sentindo necessidade de entrar em algumas vias mais pesadas pra sentir que a escalada continua evoluindo depois de tanto treinamento na resina.
Sexta à noite fomos numa boate aqui em BH, e acabamos indo dormir às 3:00 da matina. Acordamos suuuper dispostos às 7:30 no sábado, arrumamos as coisas e tocamos para o Cipó. Paradinha para um café da manhã na padaria em Lagoa Santa, e às 11:00 estávamos deixando o carro na estrada de terra, próximo ao ponto que dá acesso à trilha do G3.
O grande objetivo do dia era a via O Dia em que a Terra Parou, um 7b lindo ao lado da Lamúrias com 35 metros de altura. Esquentamos na Johnny Quest, e seguimos pra base da via. Uma rápida olhada no croqui, alguns esticões, muitas costuras na cadeirinha, comecei a peleja. A via é pouco óbvia, tive bastante dificuldade em ler os lances e acabei torando rápido. Depois de 20 metros, e três paradas pra ler a via, o bíceps já estava tremendo e acabou a força. Preferi não continuar e rapelei de lá mesmo, e numa próxima tentativa faço a via inteira.
Saída da Gruta da Sala da Justiça |
O G3 tava bem cheio, com muita gente na Sala da Justiça e proximidades, e desistimos então da idéia de entrar na Diluvio de Sancho Pena, já que um grupo grande de paranaenses estavam nela e iam demorar bastante até que todos escalassem. Como bons bichos do mato que somos, eu e a Flavinha decidimos ir pra Bárbaros (depois da gruta da Sala da Justiça) procurar um pouco de sossego. Como ainda não tinha encadenado esta via, achei que seria uma boa oportunidade. Primeiro pega, passei do crux e não consegui conectar com o lance seguinte. Segundo pega e CADENA! Mais um 7a pras contas!
Arrumamos as coisas quando o sol já estava quase se pondo, e voltamos para o carro. Ainda comemos uma boa pizza no Cipó e voltamos pra BH zumbizando de tanto sono por causa da noite mal dormida do dia anterior. 9:30 da noite já estávamos nos braços de Morfeu.
DOMINGO
Domingo seria o dia de reabertura da escalada na Lapinha. A Flavinha precisou ficar com a mãe dela, e já que o Jorge estava no Chile, fomos eu e a Pat prestigiar o pessoal da AME. Abertura marcada para as 9:00, acabamos chegando às 10:00 já sem esperanças de conseguir entrar para escalar já que o limite era de 40 pessoas no maciço.
QG da AME no PESU |
Por sorte, fomos os 33o e 34o a entrar, e finalmente então entramos na Lapinha para escalar pela porta da frente! Foi sensacional ver a escalada na Lapinha liberada novamente, e a organização das vias e locais interditados muito boa. Além disso, parece que todos encorporaram o espírito do mínimo impacto evitando aglomerações nas bases das vias e procurando outros locais pra escalar. Fizemos algumas vias fáceis pra esquentar e depois fomos tentar a Vive la Brenf, um 6sup de quase 30 metros de altura. Via linda, com trechos técnicos, de equilíbrio, com muitos abaulados e copinhos machuquentos.
Apesar de termos escalado pouco, foi emocionante presenciar a escalada na Lapinha, depois de quase 10 anos de fechamento. Parabéns ao pessoal da AME pelo esforço, dedicação e organização! Com certeza, estaremos lá na Lapinha durante os próximos domingos conhecendo esse campo-escola de calcáreo fantástico!
Ainda deu pra fazer um vídeo do agradável fim de semana de escalada.
Como não podia deixar de acontecer, temporada de escalada é também temporada de carrapatos. Terminamos eu e a Flavinha colecionando estes, e cheios de picadas nas pernas, costas e barriga. Como é a primeira vez no ano, agora sim está oficialmente aberta a temporada dos carrapatos!!
Frangos presentes:
- Rafa
- Flavinha (sábado)
- Pat (domingo)
Vias escaladas:
Cipó
- Johnny Quest - 6sup
- O dia em que a terra parou - 7b
- Bárbaros - 7a
Lapinha
- Coquetel de Maracujá - 4
- Ravenloft - 5sup
- Vive la Brenf - 6sup
O vídeo ficou mto massa!!! Ah, e vale lembrar que eu costurei blocada, hein?! Hahahaha...
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