Como nunca havíamos escalado lá antes (somente uma travessia Petro-Tere há 3 anos), escolhemos o Escalavrado pra ver como são as trilhas e a rocha.
Saí aqui de BH na quinta-feira a noite, em direção a Lavras. E na sexta quase na hora do almoço saímos de Lavras em direção a Teresópolis. A viagem foi bem tranquila, e o pesado foi o trânsito em Teresópolis às 17:30, quando cehgamos!!! Paciência. Fomos direto para o Recanto do Lord (altamente recomendável:
http://www.teresopolishostel.com.br/indexBr.htm), e a noite saimos na cidade para comer algo.
Sábado, acordamos cedo, arrumamos as mochilas, tomamos um gostoso café da manhã no albergue e tocamos para a BR-116. Fizemos uma parada na sede do parque para entregar o termo de responsabilidade, e seguindo mais adiante na estrada vimos pela primeira vez as montanhas!!! Eita!!! Monstruosos maciços, imponentes e nos convidando para escalá-los...
Deixamos o carro no posto garrafão às 8:40, e subimos a BR até a entrada da trilha sob um céu de brigadeiro. No meio disso tudo tinha um problema sério: meu dedo indicador. Durante a semana meu dedo começou a inchar e doer, e eu achando que era alguma lesão da escalada, comecei no anti-inflamatório e nada de melhorar. Na quinta a noite, não aguentei e fui no hospital. O médico diagnosticou uma infecção subcutânea e receitou anti-bióticos. Lá fui eu com o dedo doendo pra burro, todo inchado, mal conseguindo mexê-lo... a Flavinha ainda enfaixou caprichosamente o meu dedo pra absorver o impacto dos encostadas e diminuir a dor... mas como já tinha chegado ali, não perderia a oportunidade de subir a minha primeira montanha na Serra dos Órgãos por causa de um mísero dedo... então, bora pra cima!!!
A subida foi fantástica, alternando partes de trilha com escalaminhadas, tudo sempre muuuuito íngreme. O Guia de trilhas e montanhas da Serra dos Órgãos (também altamente recomendável) não nos deixou ter dúvidas quanto a orientação. Em um dos trechos mais técnicos colocamos as sapatilhas no pé, mas a corda subiu comigo dentro da mochila. A rocha muito aderente se encarregou de nos passar a confiança necessária. O visual sempre incrível mantinha a motivação em alta apesar do sol castigar as nossas cabeças.
Ficamos ali alguns minutos, quando notamos que nossa água tinha acabado (gmmmm). Alguns muitos rapéis nos aguardavam e o sol não dava descanso. Começamos a descida às 13:00, e rapelamos em todos os grampos que encontramos. Ao total foram 9 rapéis mais as partes de caminhada e, às 16:00, chegamos de volta na estrada já esturricados de tanta sede. Mais 20 minutos e chegamos no posto do garrafão quase babando, e tomamos quase 2 litros d'água... hehe... é impressionante como o corpo se comporta quando se está desidratado.. ao longo da descida tive umas duas tonteiras bem fortes, e o corpo todo doía... nunca tinha passado por isso... mais uma lição aprendida na montanha...
Passado o perrengue, tomamos um banho, comemos um belo McDonalds, e tivemos uma belíssima noite de sono. Dia seguinte, arrumamos tudo e pegamos o carro para a volta. Eu com as pernas bem doloridas e a Flavinha quase não conseguindo respirar de tanta dor muscular pelo corpo todo... hehe...
Fm de semana fantástico, escalada linda, visual incrível, o nosso primeiro cume na Serra dos Órgãos foi memorável... Mesmo com o dedo inchado enfaixado, sol rachando, esturricando de sede e pernas doces... Mas uma coisa é certa: a vontade de escalar o Dedo de Deus só fez aumentar!!! Em breve estaremos de volta...
Parabéns ao casal...
ResponderExcluirÉ lindo demais não? Vale muito a pena!
Que bom que eu e a patroa não fomos os únicos a ficar "só o pó da carcaça" depois dessa subida!!
Abrazz