terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Reveillon submarino

O ditado diz que "Galinha que acompanha Pato, morre afogada"... Nesse reveillon, os frangos tiveram que virar patos pra não morrerem afogados. Pode até ser que estamos em época de chuva, e a possibilidade de tempo ruim é sempre maior. Mas nada me convence que toda essa chuva caiu simplesmente porque a Mari resolveu ir com a gente, depois de um ano e meio fora das montanhas...hehe...

Decidimos ir pra Aiuruoca, subir o Pico do Papagaio. Ponto acima de 2000 metros de altitude na Serra da Mantiqueira. Olhadinha na previsão do tempo, e dizia: "80% de chance de chover 3mm" / "nublado com chuva fina ao final do dia".

Saímos de BH, eu, Flavinha e Mari, às 23:15 do dia 30/12. Paramos para dormir na casa da minha mãe em Varginha, e saímos no dia seguinte cedo. Chegamos na sexta-feira, 31/12, de manhã em Aiuruoca, e o tempo estava bem nublado... o pico do papagaio estava encoberto por uma nuvem bem espessa... mas enfim, já tinhamos andado 430km pra chegar lá, então não deixaríamos de arriscar por causa do tempo...


Pegamos a estrada de terra sentido cachoeira dos Garcia, e logo depois da entrada da cachoeira, a estrada ficou intransitável para o meu pobre golzinho... achei um local mais descampado, e deixei o carro por ali mesmo, fora da estrada, e seguimos a pé... 10 minutos de caminhada e estávamos na bifurcação que dá para a pousada do lado de lá... subimos para o retiro dos pedros, e chegando lá começou a chover... mas dessa vez a chuva foi bem rápida, e uns 20 minutos depois o tempo "melhorou"... fizemos a subida toda com o tempo bem nublado e de temperatura agradável... levamos quase 6 horas pra chegar ao cume, contando algumas paradas para comer e descansar... montamos acampamento, jantamos, estouramos um champagne para comemorar a virada e fomos dormir...


Retiro dos Pedros
parada para o almoço
champagne de ano novo

De madrugada, começou a chover bastante... chuva fina, com muito vento... Chuva essa que não parou mais... acordamos e ficamos dentro da barraca esperando a chuva passar até meio-dia, quando resolvemos descer com chuva mesmo, já que não havia o menor sinal de que ela pararia... desmontamos acampamento e arrumamos as mochilas debaixo de chuva mesmo (devidamente munidos de anorak e capas de chuva) e começamos a descida... a caminha de volta foi até bem tranquila, tirando o vento muito frio que nos balançava sempre que estávamos em algum ponto mais exposto da montanha... alem disso, a chuva fina e a nevoa nos acompanharam durante toda a descida... levamos 4 horas pra chegar de volta ao carro, onde chegamos por volta das 17:00... apesar das capas de chuva, estavamos muito molhados, principalmente por causa das matas bem fechadas que passamos, e nos molhamos pelo contato com as plantas na trilha...
A estrada de terra na volta estava com bastante lama, mas nada que o meu pobre golzinho não pudesse suportar... fomos direto pra Aiuruoca, onde comemos uma bela pizza na pizzaria da dona azeitona, e arrumamos um quarto no recanto das flores pra dormir... ontem, acordamos tarde, tomamos um belo café da manhã, com direito a muitos dedos de prosa com a Dona Maria Amélia, dona da pousada, e saímos de volta a BH...

A caminhada é bem interessante, alternando partes planas e subidas leves, com aderencias, trilhas em mata bem fechada... se o tempo tivesse bom, com certeza teria sido uma caminhada fantástica...
Apesar do mau tempo, sempre aprendemos alguma coisa com a montanha... vamos ter que voltar lá na epoca de seca pra poder aproveitar o visual lá de cima, já que dessa vez a unica coisa que vimos foi um branco intenso... hehe...

pico do papagaio com tempo bom

Frangos presentes:
- Rafa
- Flavinha
- Mari

Um comentário:

  1. e foi tudo culpa da mari... mas apesar da chuva e do frio valeu muito a pena o nosso reveillon.... lá é muito bonito e com certeza voltaremos a fazer o pico do papagaio.

    não tem nada melhor que passar o reveillon junto do meu lindo que eu tanto amo!!

    mas caminhadas em janeiro, como diz a sobrinha, nunca mais...

    beijo grande para os frangos

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