segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Passa Vinte (atoleiros) e Ibitipoca

por Rafael Gribel

Feriado de 15 de novembro, a Flávia conseguiu uma folguinha no trabalho, e resolvemos ir conhecer dois lugares novos perto de Juiz de Fora. A idéia seria passar um dia em Passa Vinte para conhecer a famosa gruta de granito, e no outro dia fazer uma caminhada pra conhecer o Parque do Ibitipoca.

Saimos de casa na quarta-feira a noite, e fomos direto para casa da minha mãe em Bicas, onde deixamos a cachorra, e na quinta de manhã partimos em direção à Passa Vinte. O acesso à Passa Vinte a partir de Juiz de Fora se dá passando pela cidade de Bom Jardim, e depois pegando uma estradinha de acesso à cidade que costumava ser toda de terra. Recentemente começaram a asfaltar, e já o fizeram em 15 dos 25 km. No entanto, os outros 10km estão muito mexidos e com a chuvarada, os atoleiros se proliferaram. Depois de ficar atolado e ter que descer do carro pra empurrar, passamos por vários outros atoleiros, imundando o carro e enchendo o motor de lama e pedra. Mas chegamos!

Chegando na propriedade que dá acesso à gruta, vimos alguns carros estacionados. Paramos por ali e pegamos a trilha. O tempo estava bem nublado, e sem chuva, mas como dizem que na gruta pode-se escalar até debaixo de temporal que nada molha, continuamos animados. De longe avistamos a parte menor da gruta e já ficamos bestificados. Muito grande e intimidadora!




Chegando mais perto, podemos notar que a parte maior e mais alta fica meio encoberta pelas árvores, e só se pode ter a visão total embaixo dela. Incrível!!! Deve ser uns 80m muito negativos de rocha muito croquenta, e buracos gigantescos no negativo!!! Nunca tinha visto nada parecido.



Lá encontramos um pessoal conhecido de Varginha que ficaria ali acampado no feriado. Entramos em uma via de 6sup numa aresta de um bloco caído, e depois eu fui tentar uma via na parede principal que o croqui dizia um 7b, mas que na minha opinião é um 7o bem C. Fiz a via parando bastante, mas pelo menos cheguei no final. A cadena vai ficar pra próxima investida.

Lá pras 4 e meia da tarde decidimos pegar a trilha de volta, porque a nossa intenção era pegar o atoleiro de volta e tocar direto para Ibitipoca, para passar a noite por lá e adiantar o caminho do dia seguinte. Nessa hora, a chuva estava caindo bem forte fora da gruta, e lá embaixo do negativo nenhuma gota dágua!!! Sensacional!!! Pegamos a trilha embaixo de chuva, e chegamos no carro encharcados e muito sujos dos tombos no caminho.

Agora ainda faltavam 10km de atoleiros para encerrar o dia. Passamos por todos sem parar dessa vez, e acabamos de encher o motor de lama e pedra. Quem não gostou mesmo foi a ventoinha do radiados que passou a fazer um barulho muito estranho por causa do excesso de lama. Mas sobrevivemos.



Fomos direto para Ibitipoca, e chegamos lá por volta das 9 da noite. Estávamos famintos, então paramos o carro na rua, trocamos as roupas molhadas no carro mesmo e procuramos uma pizzaria pra jantar. O vilarejo é muito simpático. Muitos bares e pousadas e lojas de artesanato, as ruas de paralelepípedos e muitos turistas caminhando nas ruas a noite. Jantamos, saimos à caça de uma pousada pra passar a noite, e lá pelas 11 e meia estávamos num chalé nos fundos da casa de uma moradora.

Dia seguinte acordamos cedo, tomamos café na mesa da cozinha da dona da pousada (hehe), e fomos direto para o parque. A idéia era fazer a caminhada do Circuito Janela do Céu, que pega quase toda a extensão do parque, passando por grutas, cachoeiras, etc.

O parque é muito bem estruturado, com um centro de visitantes muito bom, funcionários prestativos e várias trilhas muito bem identificadas ao longo do parque. Um exemplo de parque que o IEF está tentando seguir em outros locais.

O dia começou com uma neblina muito forte, e um vento bem frio, e fomos seguindo na trilha. Passamos por 3 ou 4 grutas, e chegamos na atração principal da trilha: a janela do céu. A janela é formada pelo início de uma cachoeira e uma moldura de árvores, com um visual lindo no fundo. Realmente bem bonito. Como estava muito cheio, eu e a Flávia decidimos ir para um mirante ao lado para apreciar toda a extensão da cachoeira.

início da trilha... tudo nublado...
entrada da gruta da cruz
clarabóia na gruta da cruz
entrada da gruta dos moreiras
vários salões na gruta dos moreiras
sequência de quedas na janela do céu

Depois disso, passamos na última atração da trilha, chamada "cachoeirinha". Uma cachoeira de uns 50 metros de altura, que de inha não tinha nada. Eu tomei um banho na água gélida, e a Flávia tentou colocar os pés na água e desistiu.

visual da cachoeirinha
Seguindo a trilha, passamos por um bonito vale com algumas quedas dágua, e algumas grutas avistadas ao longe, para finalmente chegar de volta ao estacionamento.

Feriado um pouco curto, mas muito bem curtido. Conhecer lugares novos e espetaculares é sempre bom!!! Voltaremos em breve para explorar mais essa região tão bonita.

Um comentário:

  1. Nossa, mto linda a gruta! Quero conhecer! Soh faltou mais fotinhos de vcs, neh... Saudades!

    ResponderExcluir